Condenado esquartejou vítima e acomodou partes do corpo em uma geladeira, sendo denunciado por sua própria mãe. Julgamento ocorreu durante 3.º Mutirão do Júri organizado pelo TJAM.
O Conselho de Sentença da 3.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus julgou e condenou o réu Firmo Farias Sampaio, de 35 anos, por ter matado e esquartejado uma pessoa do sexo feminino (de identidade não identificada). O crime ocorreu em junho de 2017, no bairro Betânia, zona Sul de Manaus.
O julgamento do acusado foi finalizado na noite da última quinta-feira (17) e a sessão esteve inserida na pauta do 3.º Mutirão do Júri organizado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), nesta semana em Manaus, e que conta com mais de 150 sessões de julgamento pautadas para o período de 14 a 18 de outubro.
O crime
Conforme informações que constam nos autos do Processo n.º 0620356-83.2017.8.04.0001, após atrair a vítima para o local do crime – um apartamento localizado na Rua Betânia, bairro Betânia – o então acusado a dominou e, com a vítima ainda viva, esquartejou seu corpo.
Após cometer o crime, Firmo Farias acomodou as partes do corpo da vítima em uma geladeira.
O crime foi descoberto pela mãe do acusado que, ao verificar os pedaços de carne humana acomodados em uma geladeira, noticiou o fato à polícia.
Durante as investigações a Polícia Civil do Estado do Amazonas não conseguiu identificar a vítima, o que não impediu que Firmo Farias fosse levado a júri.
O julgamento foi presidido pela juíza de Direito Eline Paixão e Silva Gurgel do Amaral e, em sessão, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) foi representado pelo promotor de Justiça Rogério Marques Santos.
Mutirão do Júri
Chegando à terceira edição, o projeto “Mutirão do Júri” foi idealizado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas para impulsionar o julgamento de crimes dolosos contra a vida e conexos.
Iniciado na última segunda-feira (14) e se estendendo até a próxima sexta-feira (18), o Mutirão também está priorizando o julgamento de feminicídios (homicídios praticados ou tentado contra mulheres), tendo concluído seis julgamentos do gênero, somente nos dois primeiros dias de sessão.
No Mutirão, os julgamentos ocorrem simultaneamente em 17 auditórios e contam com a participação de 24 juízes – oriundos de comarcas do interior e de Varas de Justiça da capital – para o desenvolvimento dos trabalhos; além de promotores de Justiça (oriundos do Ministério Público Estadual) e de defensores públicos (oriundos da Defensoria Pública Estadual).
No âmbito da Justiça Estadual, o projeto “Mutirão do Júri” é coordenado pelo desembargador José Hamilton Saraiva e subcoordenado pela juíza convocada para atuar como desembargadora, Mirza Telma de Oliveira.
Texto e Imagem: Carlos de SouzaRevisão: Joyce Tino
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