Ação de conscientização que aborda o combate à violência contra a mulher integra programação da “23ª Semana Justiça pela Paz em Casa”.
A Equipe Multidisciplinar do 1.º Juizado Especializado no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (“1.º Juizado Maria da Penha”), do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), esteve nesta segunda-feira (20/03) no Centro de Referência de Assistência Social da Compensa I (CRAS – Compensa I), na zona Oeste da capital.
Na oportunidade foi apresentada, para o público formado por brasileiras e venezuelanas da comunidade, a exposição “Não Vista Esta Camisa – Denuncie e Diga Não à Violência”, que tem a finalidade de promover a reflexão sobre as várias formas de violência de gênero, chamando a atenção da sociedade para o fenômeno da violência doméstica e familiar contra mulher, evidenciando por meio de camisas e cartazes alguns contextos de mulheres inseridas em relacionamentos abusivos e agressivos.
Também foi realizada uma roda de conversa, com a participação de membros do Instituto Mana/ACNUR, para informar sobre a “Lei Maria da Penha”, formas de violência e medidas protetivas de urgência.
As atividades organizadas pelo Juizado ainda integram a programação da “23.ª Semana Justiça pela Paz em Casa”, que aconteceu no período de 6 a 10 deste mês de março e mobilizou tribunais de todo o País.
Presente ao evento, a dona de casa Maria das Graças da Silva, 59, elogiou o evento e ressaltou a importância dele nos dias atuais. “Achei muito importante o que foi falado porque, na nossa época, não tínhamos isso. Hoje já podemos ver essa conscientização refletida nos nossos filhos, para que não aconteça mais isso de homem bater em mulher, de fazer o que fazem com elas. O que nós não tivemos, nossos filhos hoje têm”, disse Maria das Graças.
Para Ana Carolina, 19, a atividade do “1º Juizado Maria da Penha” foi importante para mostrar “sobre o respeito para com as mulheres, contra a violência, direitos iguais e um aprendizado para nós, jovens, para quando, um dia, tivermos um filho ou filha”.
De acordo com a estagiária de Serviço Social do CRAS Compensa 1, Cleide Maria da Silva Barbosa, 47, a ação do “1.º Juizado foi muito boa no sentido de esclarecer os tipos de violência que muitas mulheres não reconhecem, ou que sofrem na própria pele, inclusive ameaças”.
Na UBS e Auditório
Nesta terça-feira (21/03), a Equipe Multidisciplinar estará na UBS Guilherme Alexandre, no bairro Colônia Antônio Aleixo, na zona Leste, levando para usuárias daquela unidade de saúde a palestra “Dialogando sobre Violência Doméstica e Assédio”, compartilhando informações que possibilitem o entendimento do que é violência doméstica e quais são as formas de assédio.
“Nosso objetivo, com essas várias ações, é discutir os efeitos que a violência doméstica gera no âmbito laboral e nas demais áreas da vida e, a partir deste entendimento, conseguir mobilizar homens e mulheres trabalhadores em prol de uma cultura de respeito nas relações interpessoais, além de conscientizar sobre as providências cabíveis para a garantia da proteção da vítima e a responsabilização do agressor”, afirmou a assistente social Celi Cristina Nunes Cavalcante, da Equipe Multidisciplinar do “1.º Juizado Maria da Penha”.
Na quarta-feira (22/03) a ação acontece a partir de 15h no auditório do Centro Administrativo Des. José de Jesus Ferreira Lopes, prédio anexo à Sede do TJAM, com a exposição “Não Vista Esta Camisa – Denuncie e Diga Não à Violência” e apresentação da cartilha “Precisamos falar de relacionamento abusivo”.
Dialogando
No último dia 10/03, para um público formado por 45 funcionários, as profissionais do 1.° Juizado, assistente social Deniglesia Nascimento e psicóloga Suzy Guimarães, estiveram na empresa Eucatur ministrando a palestra “Dialogando sobre Violência Doméstica e Assédio”.
A Equipe Multidisciplinar alertou sobre como a violência afeta a confiança da mulher, a sua capacidade de deixar um relacionamento violento e de se manter em um emprego. Também foram repassadas orientações sobre como as mulheres podem obter atendimento e assistência perante a Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher.
Paulo André Nunes
Fotos: Acervo do ‘1.º Juizado Maria da Penha’
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