0s projetos de intervenção de estágio abordaram temas como capacitismo e assédio e foram realizados sob supervisão de campo das assistenciais sociais Jéssica Maria Oran Lima e Adma Silva, que integram a equipe da DSSA do Tribunal.
Trabalhos acadêmicos desenvolvidos por duas estagiárias no âmbito da Divisão de Serviço Social e Acessibilidade do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) obtiveram destaque no último dia 19/01 no portal do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) – www.dss.ufam.edu.br. Ambas as atividades consistiram em Projetos de Intervenção de Estágio e abordaram as temáticas do capacitismo e do assédio. Um dos trabalhos foi realizado no âmbito do Edifício Des. Arnoldo Péres – Sede do TJAM – e o outro, no do Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis.
“Rompendo com Estereótipos Capacitistas” foi o tema da atividade desenvolvida no Edifício Arnoldo Péres, em novembro de 2021, pela ex-estagiária Thayane Correa Martins, que realizou seu estágio sob orientação da professora e supervisora acadêmica Andréia Lima de Souza, do curso de Serviço Social da Ufam, e supervisão de campo da assistente social Jéssica Maria Oran Lima, do TJAM. O projeto colocou em pauta o tema capacitismo – que é qualquer atitude que discrimina ou denota preconceito social contra pessoas com deficiências (PCDs), através de termos e expressões pejorativas que as classifiquem como inferiores a outras pessoas. O intuito foi sensibilizar os servidores, magistrados e estagiários do Edifício Desembargador Arnoldo Péres sobre o tema, na perspectiva de emancipação humana e de respeito às pessoas com deficiência.
Em torno do tema, foram abordados: o significado do capacitismo como toda forma de discriminação e preconceito às pessoas com deficiência, vislumbrando possibilidades para evitar tais atitudes; o direito à acessibilidade definido na Lei n.º 13.146, de 06 de julho de 2015 – o Estatuto da Pessoa com Deficiência; o entendimento sobre “barreiras” enquanto qualquer obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça o exercício dos direitos da Pessoa com Deficiência também expresso no Estatuto e, por fim, a Resolução n.° 401 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre o desenvolvimento de diretrizes de acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência nos orgãos do poder judiciário e em seus serviços auxiliares. Oito setores participaram da intervenção e houve a distribuição de um folder informativo. Além disso, um card com informações sobre o tema foi elaborado e divulgado na intranet do TJAM. Todos os temas abordados foram ao encontro da luta por autonomia, protagonismo e respeito à pessoa com deficiência.
“Esses Projetos de Intervenção de Estágio são imporantes para aproximar os estudantes, que estão sob orientação pelos profissionais, da realidade. Possibilita ao estudante pensar quais são as demandas da instituição e no que ele pode trabalhar. No caso da Thayane Correa Martins, ela trabalhou com capacitismo, que é uma temática relativamente nova e da qual muitas pessoas não tinham ouvido falar ainda. E dar oportunidade de ter contato com os servidores para que eles entendam a respeito do tema, sejam sensibilizados e tenham um novo olhar às pessoas com deficiência, é algo muito positivo”, disse a assistente social do TJAM, Jéssica Oran, orientadora de campo da estagiária de Serviço Social.
“Isso não é MIMIMI”
Já a acadêmica da Ufam e estagiária da Divisão de Serviço Social, Ádria de Almeida Peixoto, realizou projeto de intervenção com o tema “Isso não é MIMIMI, isso é assédio!”, cujas atividades aconteceram no dia 18 de janeiro deste ano, no Fórum Ministro Henoch Reis, local de estágio da discente. A metodologia utilizada foi a realização de palestra e de dinâmica com os participantes, com o objetivo de informar acerca do assédio moral e sexual no âmbito do Judiciário.
O projeto acadêmico teve o apoio da assistente social e supervisora de campo Adma Silva e o público-alvo foram os funcionários do Tribunal de Justiça do Amazonas. Adma Silva destaca que a Política Nacional de Gestão de Pessoas do Poder Judiciário visa a “ações de prevenção e combate a mecanismos, gestão e atitudes que favoreçam o assédio ou o desrespeito aos valores profissionais do serviço público judiciário e da magistratura”, conforme descreve o artigo 8.º, da Resolução CNJ n.º 240/2016. “Ações de prevenção e enfrentamento ao assédio devem ser incentivadas e promovidas com o objetivo de coibir atitudes abusivas que afetam tanto a integridade física quanto a psicológica de funcionários”, analisa a assistente social.
#PraTodosVerem – a imagem principal que ilustra a matéria é um mosaico de três fotos de atividades do Projeto de Intervenção de Estágio “Rompendo com Estereótipos Capacitistas”, realizadas nos setores do Ed. Arnoldo Péres.
Paulo André Nunes
Fotos: Portal da Ufam
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