Em sessão de julgamento popular presidida pelo juiz Rivaldo de Matos Norões de Aguiar, jurados acataram a tese do Ministério Público e o réu foi condenado por homicídio qualificado (feminicídio).
A Vara Única do Careiro Castanho (distante 88 quilômetros de Manaus) julgou e condenou a 15 anos e seis meses de prisão, o réu Paulo André de Aguiar, pelo crime de homicídio qualificado (feminicídio) que teve como vítima a companheira dele, Adriele Bruno da Silva. O crime aconteceu no dia 16 de janeiro de 2021, por volta das 6h, no Mutirão do Purupuru, na zona rural daquele Município.
A sessão de julgamento popular foi realizada na quarta-feira (13/07), no Plenário da Câmara Municipal do Careiro Castanho e presidida pelo juiz de direito titular da Vara Única do comarca, Rivaldo Matos Norões Filho. O promotor de justiça Leonardo Tupinambá atuou pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM).
Após ouvir as testemunhas, Ministério Público e a defesa iniciaram os debates, com o promotor Leonardo Tupinambá pedindo a condenação pelo crime de homicídio qualificado. Já a defesa pediu a desclassificação para crime de homicídio culposo (sem intenção de matar). Apurados os votos, os jurados votaram pela condenação, acatando a tese do Ministério Público. A advogada cedida pela Casa da Cidadania do Careiro Castanho, Yzelia Lira de Paula, atuou na defesa de Paulo André.
O réu está preso desde a época do crime e, como a pena foi superior a 15 anos de prisão, o magistrado determinou o cumprimento provisório da pena, ou seja, ele não terá direito de recorrer da sentença em liberdade.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, no dia anterior ao crime Paulo André de Aguiar foi à casa de um sobrinho e tomou emprestada uma espingarda calibre 20, a mesma utilizada para matar Adriele. Após o crime, ainda conforme a denúncia, Paulo André fugiu e deixou a arma no local do homicídio. Segundo uma testemunha, parente da vítima, o casal tinha constantes brigas, pois o marido era muito ciumento.
#PraTodosVerem – a foto que ilustra a matéria mostra o momento da leitura da sentença pelo juiz Rivaldo Norões Filho. Ele está em pé e usa a toga preta com uma fita branca, vestimenta tradicional dos juízes. Ao lado dele (à esquerda), de toga preta com detalhes vermelho, o promotor de justiça Leonardo Tupinambá. Dois servidores da Vara também acompanham a leitura, posicionados ao lado das duas autoridades.
Carlos de Souza
Fotos: acervo da comarca
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