O senador Plínio Valério (PSDB-AM) afirmou em Plenário, nesta segunda-feira (15), que o Congresso Nacional assumiu o protagonismo da agenda econômica do Brasil. De acordo com ele, o Executivo não fez questão de bancar as medidas para recuperação do cenário econômico nacional, o que permitiu que o Legislativo chamasse para si essa responsabilidade.
O parlamentar destacou que apesar de importante, a reforma da Previdência (PEC 6/2019), já aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados, não será a única alternativa para a retomada do crescimento econômico. Na avaliação de Plínio, entre as medidas que tiveram o protagonismo do Senado estão iniciativas de reforma do sistema tributário, e a proposta, que vai tramitar paralelamente à reforma da Previdência, para inserir estados e municípios nas mesmas regras da PEC 6.
— Os governadores querem a reforma, mas não assumem que querem a reforma em seus estados. E os políticos, deputados e senadores, que vão arcar com o ônus ou o bônus da reforma, é que têm que fazer as coisas. Mas independente de gostar, de pensar ou não no governador, temos de assumir o nosso papel, que é recolocar de volta estados e municípios. E a “PEC Paralela” é a forma que a gente encontra de colocar, porque essa conta que está no projeto da Previdência não fecha — argumentou.
A nova PEC caminhará ao mesmo tempo que a PEC 6, mas permitirá que o grosso da reforma da Previdência seja promulgado mais cedo. O Senado deve analisar o texto da reforma principal em agosto e, se não efetuar mudanças sobre ele, a conclusão dependerá apenas dos prazos regimentais.