Com o objetivo de fortalecer a produção agrícola e florestal no município de Lábrea (distante a 702 quilômetros de Manaus), o Governo do Amazonas, por meio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) está apoiando a reativação de uma agroindústria de castanha-do-brasil e a reestruturação e organização de nove associações.
De acordo com o diretor-presidente do Idam, Valdenor Cardoso, produtores organizados em associações ou cooperativas possuem mais facilidades para acessar às políticas públicas de desenvolvimento rural sustentável.
“Nosso foco é intensificar a assistência técnica continuada e gerencial, visando apoiar desde a organização administrativa, estrutura de produção até a comercialização”, disse Valdenor, ao destacar que é determinação do governador Wilson Lima atender com qualidade às famílias rurais que precisam de orientações técnicas e apoio para acessar o crédito rural e investir nas unidades de produção.
A Associação dos Produtores Agroextrativistas da Colônia do Sardinha (Aspacs), em Lábrea, que trabalha com a produção de óleos vegetais (andiroba, copaíba, castanha, murumuru, tucumã e cupuaçu) recebeu capacitação do Idam para melhorar a gestão e qualificar o atendimento.
Segundo a gerente de Apoio à Organização de Produtores (Georp), Joyce Magalhães, a capacitação teórica e prática dos associados e cooperados é essencial para o desenvolvimento de um trabalho multidimensional, que engloba questões econômicas, sociais e sustentáveis. O corpo técnico do Idam também vem se aprimorando nessas questões.
“Precisamos ter um olhar voltado às necessidades do produtor rural, que vão além do incremento produtivo. Esse público necessita de apoio social, e nós estamos orientando sobre os serviços e direitos sociais, enfatizando também a condição de trabalhador rural e seu acesso à previdência social”, disse Joyce.
A agroindústria de castanha-do-brasil, gerenciada pela Cooperativa Mista Agroextrativista Sardinha (Coopmas), em parceria com uma empresa privada deverá comercializar e beneficiar, este ano, cerca de 430 toneladas de castanha-do-brasil, e com isso gerar cerca de 70 empregos diretos durante o período de safra, além de outros 800 indiretos, promovendo e dinamizando a economia local.
O empreendimento está sendo acompanhado pelo gerente de Apoio à Agroindústria do Idam, Willis Meriguete, que destaca a importância da agroindústria como um mecanismo para o desenvolvimento regional, principalmente nos municípios do interior do estado. “É através da agroindústria que criamos mecanismo de transformação dos recursos potenciais existentes em bens de consumo”.
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Por Agência Amazonas