A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), inicia em abril, a série de oficinas virtuais “Semmas Mais”. O objetivo é ampliar o acesso aos conteúdos das oficinas e formações ambientais, antes realizadas presencialmente junto às comunidades, mas suspensas em virtude da pandemia da Covid-19.
A primeira oficina terá como o tema “O caramujo africano e a coleta segura”, que vai ocorrer no dia 22/4, a partir das 14h, tendo como instrutor o chefe da Divisão de Educação Ambiental da Semmas, Raimundo Araújo.
A atividade faz parte da programação da secretaria em alusão ao Dia Mundial do Planeta Terra, celebrado no dia 22 de abril. A oficina ao vivo será realizada por meio da plataforma Google Meet, com inscrições gratuitas e abertas ao público, por meio do formulário http://bit.ly/oficinabrigada.
O conteúdo ficará disponível nas plataformas digitais da secretaria (Instagram: @semmasmanaus, Facebook e YouTube: Semmas Manaus), bem como nas redes sociais da Prefeitura de Manaus.
Brigadas
“A pandemia nos apresenta um cenário novo a cada dia, por isso se faz necessário criar alternativas, para que a população possa ser atendida em suas demandas e essa oficina é muito importante, pois estamos no período chuvoso, propício à proliferação do caramujo em Manaus”, afirma o titular da Semmas, Antonio Ademir Stroski.
A formação de brigadas de controle ao caramujo africano (Achatina fulica) atende à Instrução Normativa 73, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), segundo a qual os órgãos federais, estaduais e municipais ficam autorizados a desenvolver medidas de controle, prevenção e extermínio ao molusco.
De acordo com Raimundo Araújo, desde 2017, a Semmas desenvolve as atividades de formação de brigadas nas comunidades. Aproximadamente 550 brigadistas foram formados em todas as zonas da cidade de Manaus, incluindo a zona rural.
“O trabalho é feito a partir da demanda das próprias comunidades, em diversas zonas. Juntos, moradores e lideranças comunitárias se comprometem a atuar de forma regular no controle dos focos em todas as ruas dos bairros. Com a pandemia, mudamos a forma de realizar as formações”, diz Araújo. Assim que for seguro e autorizado, a Semmas irá retomar as atividades presenciais, junto às comunidades.
O controle do caramujo africano é umas das políticas municipais de Educação Ambiental, viabilizadas por meio das formações de brigadas junto às comunidades. Esse controle é importante, pois caramujos podem transmitir doenças.
O molusco é hospedeiro de um verme, o Angiostrongylus cantonensis, agente etiológico da meningoencefalite eosinofílica, doença que provoca a inflamação das meninges – membranas que recobrem o cérebro – e pode ser confundida com a meningite, por ter sintomas bem parecidos. A casca do molusco pode servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika.
Isso acontece porque, mesmo após a morte do molusco, a concha que ele carrega nas costas demora muito tempo para se degenerar, podendo acumular água de chuva. Para evitar esse problema, é preciso que o molusco seja eliminado e descartado corretamente.
A proliferação do caramujo africano ocorre, principalmente, devido ao acúmulo de lixo e entulhos em terrenos baldios e quintais. Na oficina on-line da Semmas será mostrado o passo a passo da coleta do molusco e a forma correta do descarte, sem riscos à saúde.
Fotos – Divulgação/Semmas
Texto – Taianna Castro/Semmas