Espaço é referência da cultura da Amazônia Brasileira e Continental
Nesta quinta-feira (21/5), o Centro Cultural dos Povos da Amazônia (CCPA) celebra 13 anos de atividades em Manaus. Administrado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, o espaço é referência da cultura da Amazônia Brasileira e Continental.
Para celebrar a data, o equipamento cultural abre as portas para o público por meio do Portal da Cultura (cultura.am.gov.br) e apresenta exposições como “Cultura em Movimento”, uma viagem pela história do Amazonas em diversos segmentos artísticos; “Os Filhos da Nossa Terra”, na qual sob uma cúpula confeccionada em fibra de arumã estão expostas 19 estátuas em tamanho natural, assinadas pelo artista plástico Felipe Lettersten; “Bestiari Venatio Animallia”, de Turenko Beça, que faz um paralelo da fauna e lendas amazônicas com os antigos bestiários medievais; e Galeria Itinerante, que traz a mostra de fotógrafos amazonenses. Durante a visita, os guias que trabalham no CCPA fazem um tour, comentando sobre a história, curiosidades e obras do patrimônio.
Na área externa, o visitante segue pelo Espaço de Referência da Cultura Amazônica, onde estão as construções típicas do interior do estado, como a Casa de Farinha, o Barracão de Beneficiamento do Guaraná, o Tapiri do Seringueiro, o Tapiri de Defumação da Borracha e a Casa do Caboclo, réplicas que demonstram as características do cotidiano caboclo; e o Xapono Yanomami, uma réplica da habitação dessa etnia que vive na fronteira entre Roraima e Venezuela, além da Praça das Bandeiras, uma homenagem aos países da Amazônia Continental. Já a “Passarela dos Arcos” exibe, ao todo, nove painéis representativos dos Países da Amazônia Continental e seus grupos étnicos, como Brasil e Dessana, Venezuela e Yanomami, Colômbia e Yakuna, Equador e Cófan, Suriname e Maroon, Guiana Francesa e Aparai, Peru e Wai Wai e Bolívia e Moxos.
“Nossa proposta é aproximar o amazonense do patrimônio que é dele, despertar esse sentimento de pertencimento a partir do momento que ele conhece mais sobre a história, para que ele possa valorizar principalmente a cultura milenar adquirida dos povos indígenas originários desta terra”, afirma Marcos Apolo Muniz, secretário de Cultura e Economia Criativa.
O titular da pasta destaca que o centro cultural oferece para a população duas bibliotecas, Memorial Mário Ypiranga, que tem acervo pessoal do escritor, com cerca de 15 mil volumes, entre livros, publicações raras, jornais antigos e documentos da antiga Província; e a Biblioteca Arthur Reis, com acervo de 21 mil volumes, divididos em coleções de livros, folhetos, periódicos e materiais iconográficos. Ele ressalta ainda o Museu do Homem do Norte, que reúne cerca de duas mil peças representativas da cultura amazônica dos indígenas e caboclos do Norte do Brasil; e o Cine Silvino Santos, cinema que homenageia o cineasta português que levou as primeiras imagens da Amazônia para o mundo e que tem como temática principal a exibição de filmes e documentários sobre a Amazônia.
“Os espaços do CCPA podem ser percorridos pelo público dentro da programação do ‘Cultura Sem Sair de Casa’, projeto que lançamos no início da pandemia da Covid-19 para disponibilizar atividades diversas e gratuitas na internet”, comenta Marcos Apolo. “Entre março e maio, temos mais de 79 mil acessos ao Portal da Cultura, sendo 83% da procura feita por brasileiros, o que mostra que nossos equipamentos são referências culturais e turísticas mesmo em período de quarentena”.
Eventos – O Centro Cultural dos Povos da Amazônia também tem espaços para eventos. Na área interna, conta com o Auditório Gabriel Gentil, com capacidade para 70 pessoas; o Espaço Rio Amazonas, que abriga até 150 pessoas em diversos formatos de eventos; enquanto na área externa, além do hall, que é uma área multiuso, oferece a Arena dos Povos da Amazônia, local com capacidade para 17 mil pessoas sentadas.
Histórico – Localizado na Praça Francisco Pereira da Silva, conhecida como Bola da Suframa, o CCPA está numa área próxima ao Polo Industrial de Manaus (PIM) e uma das avenidas do seu entorno, a BR-319, leva às margens do Rio Negro, no porto da Ceasa.
O Centro Cultural dos Povos da Amazônia iniciou as atividades internas em 2005 e, dois anos depois, contou com a montagem das exposições de longa duração e a inauguração com 16 espaços ambientados com a temática amazônica. O projeto arquitetônico é de José Henrique Bento Rodrigues.
‘Cultura Sem Sair de Casa’ – Projeto conta com atividades, como visitas virtuais, Gincana do Livro, documentários, bem como, cursos completos de Teclado, Violão, Desenho e até espetáculos direto do palco do Teatro Amazonas.
São oferecidas aulas virtuais por meio do projeto “Praticarte”, com professores do Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro; performances dos Corpos Artísticos, como Amazonas Filarmônica, Orquestra de Violões, Amazonas Band e Coral do Amazonas; além do #FicaNaRedeManinho, com vídeos contemplados no edital. Para quem acompanha a temporada de lives, tem ainda a “Agenda Virtual”, com o calendário de apresentações realizadas nas redes sociais de artistas e casas noturnas locais.
A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa está no YouTube, Instagram, Facebook e Twitter (@culturadoam) e no aplicativo Cultura.AM.