O Senado fará na próxima sexta-feira (12), às 15h, sessão especial em homenagem ao Dia Nacional do Quadrilheiro Junino. O pedido para a comemoração (RQS 94/2019), de autoria do senador Izalci Lucas (PSDB-DF), foi apoiado pelos senadores Leila Barros (PSB-DF), Angelo Coronel (PSB-BA), Lasier Martins (Podemos-RS), Jorginho Mello (PL-SC) e Zequinha Marinho (PSC-PA).
Izalci Lucas destaca que, de acordo com historiadores, a festividade junina foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial. Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha. Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.
O senador ressalta a relevância da homenagem ao “tão importante folclore que abrilhanta, Brasil afora, uma das mais tradicionais datas do folclore brasileiro que são as festas juninas e julinas”.
Lei
Mediante todo o envolvimento das quadrilhas juninas desenvolvido pelas diversas regiões do Brasil, a lei que institui o dia 27 de junho como o Dia Nacional do Quadrilheiro Junino (Lei 12.390/2011) foi sancionada em 2011. De acordo com a lei, é considerado quadrilheiro junino todo profissional que utiliza meio de expressão artística cantada, dançada ou falada transmitido por tradição popular nas festas juninas.
O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 250/2009, de autoria da ex-deputada federal Nilmar Ruiz, que deu origem à lei, foi aprovado na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado em dezembro de 2010. Na justificativa de seu projeto, Nilmar Ruiz destaca a significativa participação popular nas danças juninas. Para ela, a data seria um “registro da memória nacional”.
Morgana Nathany, sob supervisão de Sheyla Assunção