A proposta do governo de permitir a venda fracionada de gás de cozinha (ou gás liquefeito de petróleo, GLP) será debatida na quarta-feira (11) na Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR), a partir das 9h.
A possibilidade de o consumidor de GLP encher o botijão de forma parcial foi anunciada no fim de julho pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) durante o lançamento de um programa do governo para o mercado de gás. Além do fracionamento do gás de cozinha, o governo também estuda permitir o enchimento do mesmo botijão por diferentes marcas.
Mas senadores estão preocupados com os possíveis impactos dessas medidas. O senador Jaques Wagner (PT-BA), que sugeriu a realização da audiência pública, avalia que as propostas do governo podem levar ao aumento do preço do gás, além de colocar em risco a segurança dos consumidores. Também assinaram requerimentos com o mesmo objetivo o presidente da CDR, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), e a senadora Zenaide Maia (Pros-RN).
“Especialistas apontam que o fracionamento afetará o preço do gás, tornando-o mais caro, afetando sua economicidade, posta a perda eficiência, o que impactará diretamente a sociedade. A venda na forma fracionada nos traz ainda, questionamentos quanto à segurança dos indivíduos que o comercializarão, bem como quanto à segurança do próprio consumidor”, justificou o Wagner.
O debate deve contar com a presença de pesquisadores, representantes da ANP; representantes das empresas distribuidoras e de revendedoras de gás liquefeito; do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro); e da Associação Brasileira dos Revendedores de Gás Liquefeito.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)