Cerimônia reuniu 23 alunos vindos de países diversos; aulas foram realizadas em parceria com agência da ONU e universidade da capital
Após oito semanas de aulas, 23 alunos em situação de refúgio, vindos do Irã, África do Sul, Palestina, Nigéria, Venezuela, Síria, Somália, República da Guiné, Burkina Fasso e República Democrática do Congo, se formaram no curso de língua portuguesa, realizado no Memorial da América Latina, na capital paulista. A cerimônia de formatura ocorreu na sexta-feira (30).
O curso é resultado de parceria entre a Fundação Memorial da América Latina, a Uninove, a Caritas Arquidiocesana de São Paulo e o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados).
“Nós precisamos trabalhar pelas pessoas que estão em vulnerabilidade e precisam do apoio direto do Estado”, afirmou o Secretário da Justiça e Cidadania, Paulo Dimas Mascaretti, patrono da primeira turma de formandos do Curso de Português para refugiados.
Os alunos foram encaminhados pela Cáritas e a Uninove disponibilizou uma equipe multidisciplinar para desenvolver atividades com os filhos desses refugiados durante o período das aulas.
“A iniciativa pretende aproximar e promover a integração dos povos por meio do aprendizado da língua portuguesa, pois o não conhecimento do idioma é um dificultador para o convívio social e para pleitear oportunidades no mercado de trabalho”, destacou Jorge Damião, presidente do Memorial da América Latina.
Paulo Dimas lembrou que a Secretaria da Justiça desenvolve uma série de ações voltadas a imigrantes e refugiados por meio do Centro de Integração da Cidadania (CIC) do Imigrante, localizado na Barra Funda.
O CIC oferece para essas comunidades cursos de língua portuguesa, curso preparatório para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e curso preparatório para o CELPEBRÁS, exame necessário para obter a naturalização. São oferecidos também cursos de capacitação em gastronomia, corte e costura, modelagem, informática, bioconstrução (horta e compostagem) e estamparia.
Quem procura a unidade também recebe orientação jurídica (inclusive área de família), pela Defensoria Pública, agenda serviços para obtenção de documentos para regularização migratória, encaminhamento para vagas de emprego, AcessaSP, orientação ao consumidor (pelo Procon), loja social e Espaço brincar (para os filhos, enquanto pais são atendidos).