Nesta terça, o público foi formado por homens que figuram como parte em processos que tramitam nos “Juizados Maria da Penha”.
O projeto “Maria Acolhe” realizou nesta terça-feira (20) uma roda de conversa com a participação de homens que figuram como parte em processos que tramitam nos Juizados Especializados no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Integrando a programação da campanha “Justiça pela Paz em Casa”, a atividade ocorreu no salão nobre do Fórum Ministro Henoch Reis, localizado no bairro São Francisco, zona Sul da capital.
Treze homens, intimados pelo Juizado, compareceram para participar da atividade e puderam tirar dúvidas em relação ao andamento de seus processos, recebendo orientações sobre o combate à violência contra a mulher; ao machismo; ao patriarcado, entre outros temas. A atividade foi coordenada pelo assistente social Michael Costa.
“Essa conversa, esse momento de orientação, tem dois propósitos: o primeiro é trazer algumas orientações processuais; o segundo é levá-los a refletir sobre a violência de gênero. O propósito talvez mais nobre e mais importante é promover essa mudança cultural no sentido de desconstruir as noções de masculinidade tóxica que os homens carregam”, disse Michael Costa, acrescentando que o mesmo trabalho é realizado pelo projeto com grupos de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, com abordagem diferenciada.
O assistente social destaca a importância da participação do público externo, não só das pessoas que figuram como partes processuais, na reflexão sobre o assunto. “Seria importante que todo cidadão tivesse contato com esse tipo de informação, para refletir sobre o assunto, porque a violência contra a mulher está fortemente enraizada na cultura patriarcal e no machismo e é basicamente o que discutimos aqui. É importante a mulher perceber a situação da violência; conseguir denunciar; romper o ciclo, quebrar o silêncio. E, no que diz respeito ao homem, evitar que isso ocorra, buscar que ele abra mão desse controle ilegítimo e doentio; dessa opressão que existe”, acrescentou o integrante da equipe multidisciplinar que realiza o “Maria Acolhe”.
Texto e foto: Yanna Andrade
Revisão de texto: Joyce Tino
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