Promovido pelo CNJ, o evento será realizado nos dias 19 e 20 de setembro, com o apoio do Tribunal de Justiça do Amazonas, por meio da Coordenadoria da Infância e Juventude (COIJ).
O segundo Seminário do Pacto Nacional pela Primeira Infância ocorrerá em Manaus e já tem data marcadas: 19 e 20 de setembro. Promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com o apoio do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), por meio da Coordenadoria da Infância e Juventude (COIJ), o evento contará com representantes do Sistema de Justiça, do Poder Executivo nacional e estadual, do Legislativo, membros de organizações não-governamentais e especialistas no tema, que atuam na Região Norte do País. As inscrições podem ser feitas até 13 de setembro e a programação será toda realizada no auditório do Centro Administrativo José Jesus F. Lopes (anexo à sede do TJAM), no Aleixo.
O objetivo do seminário é garantir a adesão dos governos estadual e municipal, além do Sistema de Justiça de cada estado ao Pacto Nacional pela Primeira Infância, para que possam trabalhar em conjunto na proteção aos direitos das crianças, especialmente aquelas com até 6 anos de idade. A ideia também é selecionar boas práticas encontradas no âmbito da atenção à Primeira Infância e disseminar essas experiências.
“O projeto tem foco no sistema de Justiça, que precisa da rede, do governo e da sociedade para aplicar em sua totalidade o Marco Legal da Primeira Infância (Lei nº 13.257/2016)”, afirmou o juiz auxiliar da presidência do CNJ Richard Pae Kim, secretário Especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica do CNJ (SEP/CNJ).
Ao longo do ano, cinco seminários serão realizados para diagnosticar as dificuldades no atendimento às crianças no Sistema de Justiça, em suas várias instâncias (varas de infância; promotorias; defensorias; núcleos de atendimento psicológico e de assistência social, etc.). O primeiro ocorreu em Brasília (Centro-Oeste), em junho. Em novembro, será a vez da Região Sudeste. Em 2020, ocorrerão seminários nas regiões Sul (março) e Nordeste (abril).
Pacto Nacional
Durante a assinatura do Pacto, firmado de maneira inédita entre as principais instituições da República, em Brasília no dia 25 de junho, o presidente do CNJ, ministro Dias Toffoli, afirmou haver 6 milhões de crianças brasileiras em condições de vulnerabilidade socioeconômica e institucional na faixa etária da primeira infância. Segundo o ministro, a precariedade da vida prejudica a fruição de seus direitos.
“Para não termos que investir no combate aos traumas dos adultos, as políticas de Estado têm de estar preocupadas com o impacto no futuro da vida do jovem. Até o pior criminoso do Brasil tem direito à defesa. O Estado lhe dará a defesa, seja com o defensor público, seja com a advocacia dativa. Nossas crianças, quando negligenciadas ou vítimas de abuso, às vezes dentro de casa, ainda sofrem sem o direito a defesa. É necessário que as políticas públicas ofereçam essa defesa”, afirmou o ministro.
O encontro contará com debates e exposições, com possibilidade de levantamento de perguntas aos palestrantes, ao final de cada painel. Também serão realizados quatro workshops temáticos e uma mesa redonda. Veja aqui a programação preliminar.
A primeira infância compreende o período dos primeiros 6 anos completos, conforme dispõe o artigo 2º, da Lei n. 13.257/2016. A lei prevê, entre outros direitos, o direito de brincar; de ser cuidado por profissionais qualificados em primeira infância, de ser prioridade nas políticas públicas (especialmente os que estão em condições de vulnerabilidade).
Com informações do CNJ
Foto: Raphael Alves / TJAM
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