O Informe Epidemiológico das Arboviroses, da Prefeitura de Manaus, relata 16 casos de dengue na capital, confirmados na última semana, de 5 a 11 de janeiro. Elaborada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e divulgada, nesta segunda-feira, 13/1, a nova edição do relatório não traz novos casos de zika, chikungunya, oropouche ou mayaro no período, que abrange a Semana Epidemiológica 2 de 2025.
A publicação da Semsa aponta ainda 34 casos notificados (suspeitos) de dengue na última semana, totalizando 73 notificações em 2025. Desse total, 31 foram confirmados e 26 continuam em investigação.
O informe não traz novos casos suspeitos de zika no município, que segue sem registros da arbovirose neste ano. Também não há casos suspeitos de chikungunya, que contabiliza três casos notificados e um confirmado em 2025. Não há casos em investigação por essas doenças.
Não constam do levantamento novos casos confirmados de oropouche ou mayaro, que continuam sem registro na capital neste ano. Os casos dessas arboviroses são confirmados por critério laboratorial.
O relatório da Semsa não traz óbitos confirmados ou em investigação por dengue, zika, chikungunya, oropouche ou mayaro em Manaus, em 2025, até o momento.
Prevenção e combate
O subsecretário municipal de Gestão da Saúde, Djalma Coelho, ressalta que a participação ativa da população no combate ao Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya, é essencial para a prevenção e controle das arboviroses na capital.
“A população participa desse combate aderindo às medidas preventivas para eliminar criadouros em suas casas e terrenos. Ou seja, vedando as caixas d’água, limpando as calhas, recolhendo dejetos ou objetos que possam acumular água, entre outras ações”, pontua.
Outra medida preventiva importante, conforme o subsecretário, é a vacinação de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos contra a dengue. Ele reforça que as doses estão disponíveis em mais de 60 salas de vacina gerenciadas pela Semsa Manaus, distribuídas em todas as zonas geográficas do município.
“Em fevereiro fará um ano do início da imunização contra a dengue, mas a cobertura vacinal ainda não chega a 60%. Por isso, reiteramos o apelo aos pais e responsáveis para que levem crianças e adolescentes para receber a vacina e adquirir maior proteção contra a doença”, diz.
Segundo Djalma, o esquema vacinal contra a dengue prevê duas doses da vacina, com intervalo de 90 dias. “Quem trabalha ou estuda pode buscar as nossas unidades de horário ampliado, que atendem nos dias úteis, das 8h às 20h, e aos sábados, das 8h às 12h, além da clínica Carmen Nicolau, na zona Norte, que abre todos os dias, das 8h às 17h”.
Outras estratégias da gestão municipal para prevenção e controle das arboviroses, complementa Djalma, incluem atividades de vigilância e monitoramento epidemiológico, conduzidas ao longo do ano todo, e o Levantamento do Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa), realizado duas vezes ao ano para orientar ações de combate ao mosquito.
Levantamento
O Informe Epidemiológico das Arboviroses é elaborado pelas gerências de Vigilância Epidemiológica, de Vigilância Ambiental e Controle de Agravos por Vetores, e do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da Semsa, a partir de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL).
Em sua edição anterior, o levantamento municipal apontou os totais de 2.632 casos de dengue, 21 de zika, 20 de chikungunya, 871 de oropouche e sete de mayaro, confirmados em 2024. O estudo contabiliza ainda dois óbitos por dengue e um por oropouche confirmados no ano passado.
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Texto – Jony Clay Borges / Semsa
Fotos – Divulgação / Semsa