Cirandas de Manacapuru é um festival renomado que destaca a riqueza cultural e ambiental da Amazônia. Realizado anualmente, o evento conta com a participação de diversas agremiações que trazem temas que abordam a importância da preservação da natureza e da cultura local. Em 2025, o festival ocorrerá de 29 a 31 de agosto, no Parque do Ingá, ou Cirandódromo, situado a 68 km de Manaus.
O festival é promovido pelo Governo do Amazonas e se destaca por ser o segundo maior festival folclórico do estado. Neste evento, as cirandas se tornam protagonistas ao apresentar espetáculos que refletem as lutas ambientais e a ancestralidade dos povos da região. As agremiações participantes — Guerreiros Mura, Tradicional e Flor Matizada — trarão temas impactantes que abordam questões como a conservação dos rios e a sabedoria popular.
No primeiro dia do festival, a Guerreiros Mura competirá com o enredo “Estiagem e Alagação: O Segredo das Águas”. O tema explora a relação entre os fenômenos naturais e a vida dos habitantes da Amazônia, abordando a seca e a morte dos peixes, levantando discussões sobre a preservação do meio ambiente. Essa ciranda é um verdadeiro manifesto de resistência cultural, onde a dança e a arte se entrelaçam com a luta pela natureza.
Em seguida, no sábado, a Ciranda Tradicional apresentará o tema “Sapucaîa’y – O Grito que Vem das Águas”. Este espetáculo é um brado em defesa da mãe-d’água, elemento vital para a vida e a ancestralidade dos povos amazônicos. O diretor artístico, Thyago Cavalcante, ressalta a importância de chamar a atenção para as ameaças impostas às águas devido às mudanças climáticas, reforçando a força e a resistência dos indígenas, quilombolas e ribeirinhos.
Por fim, a Ciranda Flor Matizada encerrará o festival no domingo, apresentando “Amazônia: Sonho e Luta Cirandeira”. Este enredo enfatiza a conexão entre a ciranda e a floresta, exaltando a resistência dos cirandeiros. O espetáculo contará a história de um casal que sonha com a eternidade da ciranda, enquanto exploram a Amazônia e a necessidade de preservar suas raízes diante das ameaças ambientais. Segundo Gaspar Fernandes, a proposta busca mostrar a beleza da fauna e flora, ao mesmo tempo que alerta sobre os desafios enfrentados pelo bioma devido às mudanças climáticas.
Durante o festival, espera-se que mais de 70 mil visitantes compareçam para prestigiar as apresentações e celebrar a cultura local. As cirandas, além de entreter, têm o papel fundamental de educar o público sobre a importância cultural e ambiental da Amazônia. Cada apresentação traz à tona a história e a luta de um povo que busca manter viva sua identidade frente às adversidades.
Com três dias repletos de dança, música e conscientização, Cirandas de Manacapuru se configura como uma vitrine da cultura amazônica e um palco para discussão sobre os desafios ambientais que o mundo enfrenta atualmente. Este evento não apenas celebra as tradições locais, mas também inspira ação e reflexão sobre a preservação de um dos biomas mais ricos do planeta.
Ao final do festival, os participantes voltam para casa com uma mensagem poderosa sobre a importância de cuidar da nossa natureza e preservar a cultura que nos define. A ciranda, portanto, é mais do que uma simples dança; é uma celebração da vida, da luta e da preservação.
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