Ao usar este site, você concorda com a Política de Privacidade e os Termos de Uso.
Aceitar
Informe Manaus
Facebook Curtir
Twitter Seguir
Instagram Seguir
  • Inicial
  • Destaques
  • Executivo
  • Legislativo
  • Judiciário
Reading: Combate à escravidão e à exploração sexual foram temas debatidos na Tribuna Jurídica sobre “Tráfico de Pessoas”
Compartilhar
Informe ManausInforme Manaus
Pesquisar
  • Home
  • Categories
  • More Foxiz
    • Blog Index
    • Forums
    • Complaint
    • Sitemap
Follow US
© Foxiz News Network. Ruby Design Company. All Rights Reserved.
Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas

Combate à escravidão e à exploração sexual foram temas debatidos na Tribuna Jurídica sobre “Tráfico de Pessoas”

10/05/2023
TribJurid
Compartilhar

TribJurid

Evento promovido pela Esmam aconteceu na terça-feira e a íntegra pode ser conferida no canal da escola no YouTube.


A Escola Superior da Magistratura do Amazonas (Esmam) realizou na terça-feira (9/5), mais uma edição do “Projeto Tribuna Jurídica”, que desta vez abordou o tema “Tráfico de Pessoas”. O evento, que aconteceu no formato presencial, no auditório do Centro Administrativo José de Jesus F. Lopes, anexo à Sede do TJAM, visou a atender a Resolução n.º 212/2015 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que institui o Fórum Nacional do Poder Judiciário para monitoramento e efetividade das demandas relacionadas à exploração do trabalho em condições análogas à escravidão e ao tráfico de pessoas, com o objetivo de elaborar estudos e propor medidas para o aperfeiçoamento do sistema judicial quanto ao tema.

Delegada da Polícia Federal, Letícia Prado da Silva Cavalcanti de Holanda, chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos do Amazonas, uma das palestrantes do evento, disse que, no Amazonas, registra-se dois movimentos: tanto o de pessoas chegando ao Estado por conta do tráfico de pessoas quanto por conta do que a ONU chama de contrabando de pessoas, que na realidade, tecnicamente, aqui entende-se como a promoção de imigração ilegal.

“São pessoas que vêm da fronteira, principalmente da Venezuela. Hoje, os maiores números são de venezuelanos e indianos. Os indianos não ficam aqui, estão de passagem. Já conseguimos entender que na realidade estão em uma rota e o Brasil está na rota deles com destino aos Estados Unidos. Com isso, eles entram aqui ilegalmente, de forma voluntária, e existem pessoas brasileiras que promovem esse ingresso. Isso é um crime, chamado promoção ilegal de imigrantes”, frisou a delegada Letícia.

Em relação ao tráfico de pessoas, a representante da Polícia Federal mencionou que o criminoso entra em contato com a pessoa de forma fraudulenta ou violenta, enganando essa pessoa, dizendo que vai contratá-la para algum serviço ou com a promessa de que será modelo, quando na realidade ele a está traficando. “A gente vê esse movimento no Amazonas, principalmente de saída, porque é um movimento do Brasil. Geralmente, a pessoa sai para ser traficada. Nesse caso, figuramos estatisticamente como um país mais de saída pelo tráfico de pessoas do que de entrada”, explicou Letícia.

A delegada complementou que o Estado enfrenta um grande problema para o enfrentamento dessas situações, que é a dificuldade de acesso a muitos municípios. “Como esse acesso é complicado e o Estado não consegue ficar o tempo todo fiscalizando, acaba tendo certa facilidade, principalmente, na região da tríplice fronteira, a região de São Gabriel da Cachoeira e de Tabatinga. São pontos de saída, assim como em Roraima, temos Pacaraima”, acrescentou.

Ela também pontuou que o tráfico de drogas, na comparação com o tráfico de pessoas, é mais “rentável”, mas que este segundo na lista. “O tráfico de drogas a gente vê à luz do dia o tempo todo, mas o tráfico de pessoas tem potencial para ultrapassar o tráfico de drogas”, finalizou a delegada.

Doutora em Sociedade e Cultura na Amazônia e pós-doutora em Sociedade e Fronteiras, Márcia Maria de Oliveira ressaltou o papel da Amazônia no tráfico de pessoas. “Estamos enfrentando uma intensificação significativa das rotas, principalmente devido à rotatividade dos garimpos ilegais em todos os países da Pan-Amazônia, além de diversas atividades ilegais relacionadas à exploração de madeira, abertura de estradas e projetos econômicos ligados a pequenas hidrelétricas. Isso cria nichos de prostituição e as rotas acabam se direcionando para a circulação entre os países da Pan-Amazônia”.
Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Fronteiras da UFRR e do Núcleo do Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG – Amazônia Legal/CAPES), e autora de livros como o “Tráfico de Mulheres na Amazônia”, a professora Márcia Oliveira prosseguiu afirmando que a Amazônia brasileira é uma espécie de referência e continua sendo uma das regiões com as maiores rotas, o que inicia um processo de rotatividade com os países vizinhos.

“Além da exploração de natureza sexual, também encontramos diversas situações de trabalho análogo à escravidão, especialmente nos últimos anos, muitas envolvendo povos indígenas”, afirmou a professora.

E outro viés importante do tráfico de pessoas é o que visa ao trabalho análogo à escravidão, salientou o o defensor público no Estado do Amazonas, Messi Elmer Vasconcelos Castro, doutor em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais e mestre em Segurança Pública, Cidadania e Direitos Humanos pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

”é necessário esforços estatais que sejam voltados para o empoderamento da vítima, principalmente porque, diante de um quadro de grande desinformação ou de grande vulnerabilidade, não é uma situação rara uma determinada vítima voltar a se colocar numa situação de vulnerabilidade para ser traficada novamente, especialmente se ela não tiver acesso às políticas públicas necessárias”, destacou Messi Elmer. O defensor público acrescentou que os estudiosos do tema elencam pelo menos três políticas de longo prazo que têm comprovadamente a capacidade de reduzir as chances de uma pessoa entrar numa situação de tráfico, que são: o acesso a serviços de saúde; o acesso à justiça de forma integral e à moradia.

Mediadora da Tribuna, a juíza do TJAM Anagali Marcon Bertazzo declarou que a realização da Tribuna Jurídica sobre o tráfico de pessoas é de extrema importância, pois é uma determinação do CNJ, em parceria com a Organização Internacional para as Migrações da ONU, que está promovendo pesquisas sobre o tráfico internacional de pessoas no Brasil. “Esse assunto é uma questão de política pública e é necessário que voltemos nossa atenção para ele, uma vez que é um crime no qual muitas vezes a vítima não se identifica como uma pessoa traficada. A discussão promovida no âmbito do ‘Tribuna Jurídica’ é essencial para trazer visibilidade a essa problemática, permitindo que as vítimas busquem a justiça e tenham conhecimento de que ela será feita, e que aqueles que as traficaram receberão uma pena por seus atos”.

O que é tráfico de pessoas

A Organização das Nações Unidas (ONU), no Protocolo de Palermo (2003), define tráfico de pessoas como “o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo-se à ameaça ou ao uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração”.

Segundo a ONU, o tráfico de pessoas movimenta anualmente 32 bilhões de dólares em todo o mundo. Desse valor, 85% provêm da exploração sexual.

Em 2021, o Ministério da Justiça divulgou diagnóstico sobre o tráfico de pessoas no Brasil, relativos a dados de 2017 a 2020. Outras publicações sobre o tema estão disponíveis em http://www.justica.gov.br/sua-protecao/trafico-de-pessoas/publicacoes.


Assista à integra do evento:
https://www.youtube.com/watch?v=9sfCRAvjKhg


#PraTodosVerem – a foto que ilustra a matéria mostra o auditório do TJAM durante a realização da Tribuna Jurídica. No palco, os palestrantes estão sentados, de frente para as pessoas que formam a plateia.


Ramiro Neto – Núcleo de Divulgação da Esmam 

Fonte: Conselho Nacional de Justiça – CNJ

Fotos: Chico Batata

Receba as últimas notícias de "Informe Manaus" diretamente na sua caixa de entrada.
Powered by follow.it
Termos encontrados Amazonas, Educação, Estado do Amazonas, Polícia, Polícia Federal, São Gabriel da Cachoeira, Segurança Pública, Tabatinga
Compartilhar esta notícia
Facebook Twitter Email Copy Link Print
Painel Informe Manaus de Satisfação: Gostou da matéria?
Amei0
Horrível0
Bem escrita0
Muito legal0
De última0

Você pode gostar também

TJAM suspende decisão do TCE-AM que impedia a realização de concurso público pela Câmara Municipal de Manaus

19/09/2024

Segunda Câmara Cível do TJAM confirma decisão que condenou o Estado a indenizar familiares de pessoa que faleceu em decorrência da crise de oxigênio ocorrida em Manaus no ano de 2021

19/09/2024

Câmaras Reunidas do TJAM concedem segurança à empresa para recolhimento de tributo em regime especial

19/09/2024

Pleno do TJAM determina que Estado adote medidas para implementação do “Conselho de Política de Administração e Remuneração de Pessoal”

19/09/2024

Escola Judicial do TJAM conclui 1.ª etapa da formação “Trilha da Migração – 2.º grau para o sistema Projudi”

19/09/2024

Tribunal de Justiça publica editais de promoção para a capital e de remoção de juízes entre comarcas do interior

04/09/2024
  • Como podemos ajudar?
  • Termo de Uso
  • Pedido de remoção
  • Política de Privacidade

Recomendamos

  • Informe Manaus
  • Informe Digital
  • Amazonas Virtual
  • O Judiciário
  • Caminhando com Jesus
  • Pregações On-line
Informe ManausInforme Manaus