Destinada a conscientizar sobre a importância do combate à violência de gênero, atividade integrou a programação da “21.ª Semana Justiça pela Paz em Casa”.
A equipe de atendimento multidisciplinar do 1.º Juizado Especializado no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (“1.º Juizado Maria da Penha”), do Tribunal de Justiça do Amazonas, levou as atividades do “Projeto Maria vai à Escola” e a exposição “Não Vista Essa Camisa” à Escola Estadual Maria Calderaro, do Município de Presidente Figueiredo (distante 107 quilômetros de Manaus). A ação ocorreu no período de 22 a 24 de agosto, como parte da programação da “21.ª Semana Justiça pela Paz em Casa” e teve como público-alvo alunos do 7.º ao 9º ano de ensino fundamental e do 3.º ano do ensino médio.
Com o tema “Conversando sobre Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher” e trabalhando também o conteúdo da cartilha “Precisamos Falar de Relacionamento”, a equipe promoveu rodas de conversas com os alunos, com dinâmicas nas quais eles foram incentivados a refletir sobre relacionamentos abusivos em suas diversas formas (violências físicas, verbais, psicológicas, chantagens emocionais e proibições).
A assistente social Celi Cristina Nunes Cavalcante, do 1.º Juizado Maria da Penha, destacou que a finalidade do projeto “Maria Vai à Escola” é “trabalhar com o público jovem no sentido de demonstrar que é neste espaço, às vezes, que a violência vai se estabelecendo e se instalando”.
Além de Celi Cavalcante, a equipe do 1.º Juizado Maria da Penha que atuou nas atividades de Presidente Figueiredo incluiu também a psicóloga Suzy Guimarães e a servidora Julian Silva.
A gestora da Escola Estadual Maria Calderaro, Joyce Brito, comentou que a discussão sobre o tema é importante para que os alunos possam ser orientados e compreender que podem dar as mãos e, inclusive, salvar vidas, tendo em vista que muitas mulheres têm medo de denunciar quando são vítimas desse tipo de violência. “Sendo multiplicadores das informações recebidas nessa atividade, com certeza irão contribuir para uma geração de pessoas melhores, com um olhar mais carinhoso para o feminino, tendo o respeito como palavra-chave. É importante, na escola, trabalharmos com a prevenção, afirmou Brito.
A aluna Rubenice Oliveira Batista, do 3.º ano matutino, disse que a ida do projeto às escolas é importante para os alunos e funcionários públicos que trabalham nesse ambiente. “Muitas das vezes, não observamos um relacionamento abusivo, com o companheiro começando a fazer ameaças, a exigir que se mude o estilo, a alimentação, o humor, a proibir pessoa de ir a lugares onde sempre foi. É importante esse tipo trabalho do ‘Maria Vai à Escola’ ser levado em várias outras escolas pois, hoje em dia, o número de mulheres que sofre violência doméstica tem aumentado muito”, disse a estudante.
Já Ana Elen Matos Cardoso, também estudante do 3.º ano do ensino médio, afirmou que o debate sobre temas como a violência contra a mulher é essencial. “Estamos em formação e seremos o futuro da sociedade, então, é extremamente importante termos consciência de encontrar os sinais de um relacionamento abusivo ou de violência doméstica”. Ela agradeceu a equipe multidisciplinar do “1.º Juizado Maria da Penha” por proporcionar as informações. “Fiquei feliz porque poderei multiplicar essas informações”.
#PraTodosVerem: Foto traz a imagem da equipe de atendimento multidisciplinar do 1.º Juizado Especializado no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher posando junto com os alunos da Escola Estadual Maria Calderaro, do Município de Presidente Figueiredo.; eles estão em uma sala de aula que tem, ao fundo, um quadro escolar.
Paulo André Nunes
Foto: Acervo da Comarca
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
E-mail: [email protected]
