No Dia do Oftalmologista, comemorado neste sábado (07/05), a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) destaca, além da especialidade médica, os cuidados com a saúde ocular. O oftalmologista Alex Adorno, coordenador de cirurgias oftalmológicas do Hospital e Pronto-Socorro da Criança da Zona Leste (HPSC-ZL), unidade da SES-AM, alerta para as principais patologias que acometem a visão e para a importância da consulta periódica desde a infância.
Exames de rotina são essenciais para o diagnóstico precoce de doenças que afetam a visão
De acordo com o oftalmologista, a patologia mais comum no atendimento ambulatorial é a refração, que afeta a nitidez da visão e pode desencadear para necessidade do uso de óculos. Na urgência e emergência, acidentes domésticos e de trabalho estão entre os principais atendimentos.
Segundo o médico, a prática da oftalmologia é dinâmica e interage com outras especialidades quando, por exemplo, patologias dermatológicas, neurológicas ou reumatológicas, cursam com sintomas oculares.
O oftalmologista chama atenção para as causas das principais patologias, que também podem ser influenciadas por fatores genéticos.
“Dentro do consultório ambulatorial é a refração. Os óculos em geral são o carro chefe da especialidade. Dentro dos prontos-socorros, a gente tem aqui o Joãozinho e o João Lúcio atendendo o oftalmo. Aqui, no Joãozinho, acidentes domésticos com crianças e conjuntivite são muito comuns. Lá no João Lúcio são mais acidentes ocupacionais, acidente de trabalhador, solda, enxada e pedra”, explica o especialista.
Sinais
Segundo Alex, é importante a consulta com o oftalmologista, pelo menos uma vez ao ano, e os sinais devem ser investigados porque podem revelar patologias. No caso de crianças, o rendimento escolar e a proximidade com telas de dispositivos eletrônicos para visualização de conteúdos podem indicar problemas. A pupila branca quando em contato com a luz natural ou flash de câmeras pode revelar o retinoblastoma ou uma catarata precoce, conforme o médico.
“Dizem que a miopia pode ser genética porque não tem comprovação. O glaucoma sim, tem caráter genético. Já a catarata que todo mundo fala ‘meu pai teve catarata e eu também vou ter’ isso não é genética, faz parte do envelhecimento”, esclareceu o médico.
“O teste básico a gente faz na consulta. O paciente entra, a gente faz uma triagem com o auto refrator e ali já consegue saber se a criança tem o grau ou não. Ela vai passar por aquele aparelhinho chamado greens e aí a gente faz os testes de fundo de olho, com biomicroscópio ou retinoscópio direto. Baseado nisso a gente vai pedir exames adicionais ou não”, explicou.
De acordo com o médico, o diagnóstico da saúde ocular é realizado por meio de exames laboratoriais e de imagem, com a utilização de aparelhos específicos como o auto refrator e o retinoscópio.
O pronto-atendimento oftalmológico de urgência e emergência para o público adulto é no Hospital e Pronto-Socorro (HPS) João Lúcio, e para assistência infantil é o HPSC-ZL. Para os casos de transplante de córnea, o paciente é encaminhado para clínicas credenciadas e acompanhado pelo médico especialista, que encaminha sua inscrição para cirurgia de transplante de córnea na Central de Transplantes do Amazonas.
Assistência
O atendimento ambulatorial para infecções ou acidentes oculares inicia em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), de responsabilidade das prefeituras. Após a primeira avaliação, o usuário será encaminhado via Sistema Nacional de Regulação (Sisreg) para acompanhamento especializado em oftalmologia na rede estadual de saúde ou para atendimento em clínicas conveniadas, credenciadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
SONORA EM VÍDEO: https://we.tl/t-AbWqgaTkQE
SONORA: Alex Adorno, oftalmologista.
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Por Agência Amazonas
FOTO: Rodrigo Santos/SES-AM