Aproximadamente 40 servidores que integram o Sistema Sepror doaram sangue, nesta quinta-feira (11/11), durante uma ação da Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), na sede da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), situada no conjunto Atílio Andreazza, no bairro Japiim, na zona sul de Manaus.
Aproximadamente 40 servidores se voluntariaram para a coleta de sangue no “Vampirão”, instalado no estacionamento do órgão
Segundo a assistente social, Wilmara Silva, que integra a equipe de coleta externa do Hemoam, o trabalho iniciou com a divulgação da campanha junto aos gestores dos órgãos e acabou surpreendendo a equipe.
Colaboradores da secretaria, das Agências de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) e de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), além do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), participaram desse momento de solidariedade.
Seguindo os mesmos protocolos adotados na sede da Fundação, a doação foi realizada em quatro etapas: iniciando com o cadastramento dos voluntários, no auditório da Sepror, seguido pela testagem sanguínea, entrevista clínica e coleta. Wilmara explica que dos 450 mililitros de sangue coletados, parte é utilizada na investigação sorológica, procedimento que identifica se aquele voluntário tem alguma doença transmissível pelo sangue (HIV, Sífilis, Hepatite B e C, Doença de Chagas e HTLV I e II). O doador pode ter acesso ao resultado dos exames em 30 dias, na sede do Hemoam.
“Realizamos a coleta no intervalo das 8h às 12h; e a quantidade de doadores de primeira vez foi muito positiva. Por isso essas mobilizações nas instituições públicas e privadas são tão importantes. Por meio desse tipo de iniciativa, conseguimos derrubar alguns mitos que impedem a doação e até a falta de tempo de alguns trabalhadores. Outros deixam de doar por medo e é aí que nós entramos para mostrar que o processo é simples”, destacou a assistente social.
Assistente técnico do Idam, Elissandro Pinheiro, que aderiu à ação, afirma que tem amigos e familiares doadores e que por conta das atividades do dia, nunca tinha tido a oportunidade de doar sangue. “Por razões diversas ainda não tinha ido ao Hemoam fazer a doação. É uma coisa bonita poder ajudar alguém que está precisando, até porque um dia pode ser a gente dependendo de uma transfusão. É um processo rápido e muito tranquilo que qualquer um pode fazer”, enfatizou.
Primeira vez
O engenheiro agrônomo da Adaf, Cláudio Gurgel, que atua na Gerência de Defesa Vegetal (GDV), conta que, desde o início do ano, tinha a intenção de se tornar doador, mas a falta de tempo havia adiado esse desejo, situação solucionada com a visita do “Vampirão” à sede do órgão. “O que me motivou a fazer a doação de sangue é realmente ajudar as pessoas. Tem muita gente que precisa. E essa vinda do Hemoam para cá está possibilitando que muitos como eu realizem esse ato de amor”, ressaltou.
Quem pode doar – Para ser um doador, o voluntário precisa ter de 16 a 69 anos de idade, pesar mais de 50 quilos, estar saudável, estar bem alimentado e ter dormido pelo menos seis horas na noite anterior à coleta. Para fazer o cadastro basta apresentar um documento oficial com foto e, no caso dos jovens de 16 e 17 anos, estar acompanhado de um responsável legal.
A coleta de cada bolsa de sangue tem duração de seis a oito minutos, dá direito a um dia de folga no trabalho, por meio do Atestado de Doação emitido pelo Hemoam, e pode ser apresentado como hora complementar nas universidades.
Antes de comparecer ao Hemoam, o candidato não precisa saber seu tipo sanguíneo, nem realizar nenhum exame. Fumantes e adeptos do consumo de bebidas alcoólicas devem se abster por doze horas e duas horas, respectivamente, antes da coleta.
Para os homens, o intervalo mínimo entre doações é de 60 dias, sendo possível até quatro coletas em 12 meses. Já para as mulheres, o intervalo mínimo é de 90 dias, sendo possível até três doações em um ano.
O sangue O positivo (O+) corresponde a mais da metade da população do Amazonas, por isso é o mais utilizado diariamente. Já o sangue O negativo (O-), além de raro, é bastante utilizado em casos de emergência, quando não há tempo de identificar a tipagem sanguínea do paciente.
Estoque crítico
Desde a terça-feira (09/11), o estoque de sangue do grupo O de fatores positivo e negativo (O+ e O-), do Hemoam, está 40% abaixo do ideal. Para atender à demanda de cerca de 225 transfusões diárias, contra apenas 132 doações no mesmo intervalo, a fundação está convocando com urgência doadores desse tipo sanguíneo.
———
Por Agência Amazonas
FOTOS: Divulgação/Hemoam