A área estudada é apenas uma das análises em desenvolvimento pelo Comitê de Assessoramento Científico Externo, integrado por especialistas e firmado pelo Governo do Amazonas nesta terça-feira (02/03). Para chegar ao resultado, o grupo de pesquisadores levará em consideração dados de mais de 60 mil profissionais de saúde vacinados na capital e de outros 100 mil idosos imunizados desde janeiro de 2020 até este mês.
Há 34 minutos
Por Agência Amazonas
Pesquisadores avaliam eficácia de vacina contra a Covid-19 em público imunizado no Amazonas – Foto: Diego Peres/SecomComo parte das ações para identificar e nortear novas medidas de combate à Covid-19, pesquisadores da região e de outras capitais estudam a eficácia da vacinação no público imunizado no Amazonas, estado da federação com maior cobertura até o momento. A expectativa é que as informações obtidas possam validar a efetividade da vacina como principal ferramenta no enfrentamento da doença, principalmente causada pela variante P1.
“Hoje nós temos cerca de 12 estudos em desenvolvimento. Uns relacionados a essa questão da efetividade, ou seja, qual será o impacto da vacina contra a Covid-19 na atual ocorrência de casos. Esse é um dos principais e está trabalhando com dois tipos de população. O primeiro seria exatamente o grupo das pessoas idosas e o grupo também dos trabalhadores da saúde. São dois grupos que estão com o encaminhamento da vacinação bastante adiantado”, disse Bernardino.
O coordenador do comitê, o médico infectologista Bernardino Albuquerque, explicou que o estudo permitirá avaliar não somente os próximos passos a serem dados pelos órgãos de vigilância, como também a eficácia do imunizante no estado, onde foi identificada a nova variante P1 e que está em 1º no ranking nacional de vacinação.
De acordo com o médico infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Júlio Croda, os pesquisadores observarão dados disponíveis em sistemas como o e-SUS Notifica, Sivep Gripe e no Laboratório Central (Lacen-AM). A ideia é subsidiar outras capitais brasileiras a partir das respostas encontradas pelos especialistas em Manaus.
Coordenador do comitê, o médico infectologista Bernardino Albuquerque – Foto: Diego Peres/Secom
Os pesquisadores estimam um período de duas semanas para divulgação de dados parciais sobre a efetividade da vacina no combate à doença.
“A gente tem muita esperança que ela (vacina) continue funcionando sim, e eu acho que a gente tem que estimular a vacinação para a população. Não temos nenhum dado, atualmente, que justifique que a vacina não funciona para essa nova variante. O que podemos falar para a população é que se vacine, porque é a melhor prevenção que a gente tem nesse momento, para não adquirir a doença, associado, lógico, às medidas preventivas”, complementou.