“A nossa equipe alcançou, hoje, a meta de concluir a primeira fase da vacinação das pessoas que tiveram a vacinação contra a COVID-19 antecipada pelo estudo. Essas pessoas têm comorbidades definidas de acordo com o plano de vacinação do Ministério da Saúde. Agora a equipe se prepara para receber os participantes que tomarão a segunda dose”, destaca o pesquisador Marcus Lacerda.
O CovacManaus concluiu hoje (08/04) a primeira etapa do estudo, de inclusão de participantes e aplicação da primeira dose da vacina. No total 5.086 participantes foram vacinados, sendo 4.376 trabalhadores da educação pública e privada e 710 trabalhadores da segurança pública de Manaus.
Todos os participantes do estudo serão acompanhados por 12 meses, com visitas periódicas programadas, para realizar exames sorológicos e, quando apresentarem algum sintoma gripal, terão acesso gratuito ao teste de antígeno realizado em swab nasal (exame do cotonete).
A partir da próxima segunda-feira (12), começa a aplicação da segunda dose da vacina, seguindo o cronograma da pesquisa. Os participantes são notificados sobre a data de comparecimento por mensagem de WhatsApp e e-mail e, também, podem acessar o cronograma no site do IPCCB.
As doses da vacina CoronaVac utilizadas no estudo foram doadas pelo Instituto Butantan, e são de uso exclusivo para o uso em pesquisa. “É importante deixar claro que as doses enviadas pelo Instituto Butantan são de lotes diferentes das doses enviadas pelo Ministério da Saúde para a imunização de rotina da população. Essas doses foram produzidas para fins de pesquisa e são embaladas em monodoses, ou seja, cada dose vem no kit com seringa, agulha e conteúdo”, ressalta Lacerda.
Sobre o CovacManaus
O objetivo principal do estudo é identificar se a aplicação da vacina em pessoas com comorbidades terá impacto na prevenção das formas grave da doença, em Manaus, onde predomina a variante P.1 do vírus. A pesquisa é conduzida pela médica infectologista da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) e Pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da UEA, Maria Paula Mourão, e pelo médico infectologista da FMT-HVD e especialista em saúde pública da Fiocruz, Marcus Lacerda.
O estudo conta com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam); doação das vacinas pelo Instituto Butantan; e parceria da UEA, das secretarias estaduais de Saúde (SES-AM), de Educação e Desporto (Seduc) e de Segurança Pública (SSP-AM), da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS/AM), do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) e da Prefeitura de Manaus.
Podem participar do estudo todos os trabalhadores da educação da capital, da rede pública e privada, da Secretaria de Segurança Pública (Polícias Militar e Civil, Detran e Corpo de Bombeiros), e trabalhadores terceirizados da UEA, Seduc e Semed, com idades entre 18 e 49 anos, que atuam em Manaus.
Mais detalhes sobre o estudo também são divulgados nas redes sociais do grupo de pesquisa (@ipccb).
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Por Agência Amazonas
FOTO: Arthur Castro/Secom