“Nossa Dor não é brinquedo” é o título da publicação, organizada pela juíza Larissa Padilha Ruiz Penna, com o apoio da Esmam e de entidades culturais dos municípios de Barreirinha e de Parintins.
Como identificar uma relação violenta e abusiva? Como sair do ciclo da violência? Como se preparar para enfrentar a situação? Como procurar ajuda? Estas são algumas das perguntas respondidas pela cartilha de orientações “Nossa Dor não é Brincadeira”, lançada pela juíza Larissa Padilha Ruiz Penna, titular da comarca de Barreirinha, com apoio da Escola da Magistratura do Amazonas (Esmam). O projeto tem, ainda, a parceria com a Associação Cultural dos Artistas e Artesões de Barreirinha (ACAAB) e do Coletivo de Artistas Parintins em Cores.
“A ideia do material é contribuir com a ampliação da cidadania feminina na luta contra violência, promovendo a concretização dos direitos da mulher. Buscamos informar a sociedade, as mulheres, homens, famílias e instituições a partir de uma abordagem multidisciplinar e informal, com linguagem dinâmica e simples para alcançar o maior número de pessoas possível”, explica a magistrada, lembrando que a cartilha traz, inclusive, indicação de músicas e séries da Netflix sobre o tema. “É um assunto complexo, mas é necessário ser debatido, assim, procuramos abordar de forma sensível, por meio da arte regional”.
A juíza de Direito conta que a ideia da cartilha surgiu em 2020, no período do “Agosto Lilás” – campanha de conscientização pelo fim da violência contra a mulher. A iniciativa envolveu as comunidades de Barreirinha e de Parintins. “Chamei a classe artística, o segmento que faz pinturas e ilustrações, abri um edital e fiz um concurso cultural sobre o tema violência doméstica contra mulher. Ao final de todos os procedimentos, conseguimos construir uma cartilha de orientações numa linguagem multidisciplinar, acessível à sociedade com conteúdo formal sobre a ‘Lei Maria da Penha’, sobre os direitos das mulheres”, explica.
A capa da cartilha, segundo Larissa Penna traz como tema a sororidade. “Expliquei para os participantes o conceito de sororidade, de várias mulheres unidas com objetivo de igualdade, de fazer valer seus direitos e ao mesmo tempo de inclusão. A capa foi escolhida entre várias ilustrações que, de acordo com a regra do edital, foram enviadas de forma anônima”.
A cartilha em breve estará disponível no Portal do TJAM.
Sandra Bezerra
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