Ação iniciou no Centro Socioeducativo Dagmar Feitosa e percorrerá outros quatro espaços gerenciados pelo Governo do Estado
Adolescentes do sistema socioeducativo participaram de uma roda de conversa sobre direitos LGBT, realizada pela Gerência de Diversidade de Gênero da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc). A ação iniciou nesta segunda-feira (16/11), no Centro Socioeducativo Dagmar Feitosa e percorrerá os outros quatro espaços gerenciados pelo Governo do Estado.
A roda de conversa ocorreu durante a tarde, no centro e reuniu dez adolescentes que estão cumprindo medidas socioeducativas. Além da Sejusc, por meio da gerente Sebastiana Silva, o evento contou com a colaboração do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado (DPE), representado pelo defensor público Rodolfo Lobo. Entre os temas repassados, os profissionais falaram sobre os conceitos da comunidade LGBT, abordagem, acolhimento e direitos garantidos.
O titular da Sejusc, secretário William Abreu, destacou que a ideia é expandir as informações sobre o assunto em forma de capacitação para os socioeducadores no próximo ano.
Continuação – As rodas de conversa continuarão nos próximos dias. Nesta terça-feira (17/11), a gerência seguirá abordando o tema no Centro de Internação Feminina. Recentemente, conforme explica a secretária executiva de Direitos da Criança e do Adolescente da Sejusc, Edmara Castro, o local recebeu uma adolescente trans para o cumprimento de medida. Ela considera a discussão de extrema importância para a garantia de direitos.
“É muito importante porque através dessa roda de conversa nós explicamos para essas adolescentes quais são os conceitos LGBT, que todas as pessoas devem ser respeitadas e que essa adolescente que ingressou está indo para o Centro Socioeducativo para a própria proteção dela porque, em uma unidade masculina, ela estaria muito mais vulnerável a qualquer tipo de violação dos direitos”, explicou.
A gerente de Diversidade de Gênero da Sejusc, Sebastiana Silva, reforçou o papel do Governo do Estado em garantir que qualquer pessoa tenha o direito de exercer a própria sexualidade. “É a primeira vez que o Estado está fazendo uma formação interna, que está hoje dentro do manual de comunicação do Ministério dos Direitos Humanos e da própria aliança LGBT. É uma evolução significativa do Estado, garantindo o direito da comunidade LGBT”, disse ela.
O defensor público Rodolfo Lobo destacou o papel da Defensoria Pública na roda de conversa. “Essa roda de conversa é muito importante tanto para os internos quanto para a população em geral no sentido de que os direitos sejam reconhecidos. Nós vivemos em uma sociedade onde os direitos não são concretizados para muitas pessoas, especialmente para pessoas LGBT, o que acaba virando um privilégio. A Defensoria trabalha principalmente nos direitos humanos, trazer direitos a todos ao invés de privilégios a poucos”.