18/09/19 14h11
O setor, que registrou crescimento na ordem de 1,1% ao ano, entre 2014 e 2018, deve avançar 1,6% até 2024, de acordo com a Associação Brasileira de Embalagem (ABRE)
FIESP
Um retrato do mercado brasileiro de embalagens e os principais termos do Acordo Mercosul-União Europeia foram alguns dos temas da reunião do Comitê da Cadeia Produtiva do Papel, Gráfica e Embalagem (Copagrem) da Fiesp, realizada na última quinta-feira (12/9).
O setor, que registrou crescimento na ordem de 1,1% ao ano, entre 2014 e 2018, deve avançar 1,6% até 2024, de acordo com a Associação Brasileira de Embalagem (ABRE).
A diretora executiva da ABRE, Luciana Pellegrino, apresentou dados do setor de embalagem e explicou que o crescimento esperado é baseado em um mercado amparado na inovação. “Cada vez mais a sociedade busca produtos em porções quando o assunto é alimentação, o que estimula bastante a indústria de embalagens. Outro comportamento que tem alavancado o setor é o aumento da procura pelos itens de nicho, como os sem glúten, lactose, menos açúcar. São segmentos menores, mas que vão crescendo e gerando um volume significativo”, informa.
O setor de embalagens é bastante influenciado pela atividade econômica do país, em especial pelo crescimento e/ou desaceleração da indústria, ou seja, pelo poder de consumo do brasileiro. Ainda de acordo com Pellegrino, os movimentos do mercado estão mudando. E a indústria tem entendido a tendência e se adequado para atender à demanda. “O que nos trouxe até aqui não é o que vai nos levar para o futuro. A conveniência pressupõe embalagens mais funcionais. Além disso, o consumidor quer evitar o desperdício e tem prezado pela sustentabilidade”, completa.
O diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Fiesp, Thomaz Zanotto, chamou atenção para o fato de que o Acordo Mercosul-União Europeia é uma resolução que prevê a cooperação e o livre comércio entre os 28 países europeus e os quatro da América do Sul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). “O acordo tem como pilares as compras governamentais, aquisições de serviços e de bens industriais e agrícolas. Com mais comércio e investimento, virá a troca de tecnologia. Será muito importante para a nossa indústria em geral, inclusive, a de embalagens”, afirma.
Os dois blocos juntos reúnem cerca de 750 milhões de consumidores. Zanotto adiantou que outros acordos estão em andamento, com países como México, Canadá, Singapura, Coreia, Estados Unidos e Japão.
Ainda durante a reunião, Denilson Torcate Lopes, especialista em Pesquisa e Estudos Econômicos do Departamento de Economia, Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp, falou sobre o cenário econômico atual e projeções para os próximos anos para o país. Já o diretor adjunto do Copagrem, Fabio Mortara, apresentou as novidades da campanha Two Sides, organização global, sem fins lucrativos, criada em 2008 por membros das indústrias de celulose, papel e comunicação impressa. Two Sides promove a produção e o uso responsável da impressão e do papel, bem como esclarece equívocos comuns sobre os impactos ambientais da utilização desse recurso.