Capacitação foi viabilizada pela Escola de Aperfeiçoamento do Servidor (Eastjam) com a colaboração da Secretaria de Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Seped).
Um grupo de aproximadamente 20 servidores do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) participou, nesta semana, do curso “Abordagem à Pessoa com Deficiência”. A capacitação foi viabilizada pela Escola de Aperfeiçoamento do Servidor (Eastjam) e contou com a colaboração da Secretaria de Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Seped).
A formação contemplou conteúdo teórico e foi concluída nesta terça-feira (16) com uma atividade prática, na qual os cursistas participaram de uma oficina, vivenciando dificuldades enfrentadas diariamente por pessoas com deficiências diversas, tais como de locomoção e visão. A experiência motivou os participantes a identificarem, por exemplo, a importância de medidas de acessibilidade.
Realizada na Casa da Justiça Des. Paulo Herban Maciel Jacob – situada na Av. André Araújo, bairro Aleixo, ao lado do edifício Des. Arnoldo Péres – a formação foi realizada nesta semana, sendo acompanhada por servidores do Judiciário que atuam nas Divisões de Serviço Médico, de Serviço Social, de Engenharia, de Tecnologia da Informação, de Cerimonial e de Unidades de Processamento Judicial (UPJ).
De acordo com a diretora da Eastjam, Wiulla Inácia Garcia, o curso tem como objetivo qualificar servidores do Judiciário Estadual para práticas de inclusão “observando as diretrizes estabelecidas pela Resolução nº 230/2016 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para que os setores cujas atribuições estão envolvidos com o tema da acessibilidade (público interno e externo) possam compreender as questões relacionadas à área, subsidiando ações e projetos de trabalho no TJAM”, informou Wiulla Garcia.
A diretora da Eastjam acrescentou que o curso foi viabilizado a partir de uma solicitação da Comissão de Acessibilidade do TJAM e também da Secretaria das Unidades de Processamentos Judiciais (UPJ). “Sendo estendida a mesma oportunidade para profissionais que atuam em outros segmentos do Tribunal”, disse Wiulla Garcia.
O curso foi ministrado por um dos profissionais da equipe de formação da Seped, Mário Célio Ferreira de Castro Alves, que no início de sua abordagem comentou que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 7% da população mundial – aproximadamente 1 bilhão de pessoas – possui alguma deficiência, daí a necessidade, segundo o palestrante, das instituições desenvolverem atividades de inclusão.
Regionalizando a estatística, o palestrante informou que, no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 23,9% da população – 45 milhões de pessoas – possui alguma deficiência. No Amazonas, o percentual é de 26% da população (ou 790.647 pessoas) e em Manaus 23% (ou 461.414 cidadãos), conforme IBGE.
Participação
Acompanhando o curso, a servidora e psicóloga da Divisão de Serviços Médicos, Sandra Desideri, comentou que a proposta do curso é louvável. “Com o curso, verificamos maneiras de adotarmos práticas, em nosso dia-a-dia, não somente para corresponder às necessidades das pessoas com deficiência, mas também a contribuir para que elas desenvolvam suas capacidades, que são muitas. Com essa perspectiva de inclusão, o curso é pertinente e, com certeza, nos levará a aperfeiçoar a abordagem com o público interno e externo”, disse a psicóloga.
O analista judiciário da 3.ª UPJ, Amaury Ribeiro, é portador de deficiência física, decorrente de lesão medular, e também considerou importante a proposta da formação. “O curso proporcionado pelo TJAM foi importante para que os servidores e o público em geral tenham a verdadeira noção da necessidade de medidas de acessibilidade para o atendimento eficaz às pessoas com deficiência. Nosso desejo é que a esfera pública e privada atentem para tais necessidades e viabilizem, o máximo possível, estes acessos”, disse.
Afonso Júnior
Fotos: Raphael Alves
Revisão de texto: Joyce Tino
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