A coordenadora do projeto, juíza Eulinete Tribuzy, abriu a reunião e orientou os liberados provisórios sobre a necessidade de cumprimento das determinações legais e dos princípios constitucionais.
Um total de 167 liberados provisórios, oriundos de Varas Criminais e de audiências de custódia, realizadas nos últimos 15 dias, participaram na manhã de segunda-feira (15), do ciclo de palestras de acolhimento oferecidas pelos colaboradores do Projeto Reeducar no auditório do Fórum Henoch Reis.
A coordenadora do projeto, juíza Eulinete Tribuzy, abriu a reunião e orientou os liberados provisórios sobre a necessidade de cumprimento das determinações legais e dos princípios constitucionais. A juíza agradeceu aos parceiros e informou que a Secretaria de Educação e Qualidade de Ensino do Estado (Seduc) voltará a oferecer o EJA (1.° ao 9.° ano).
“Entendemos que a estatística do projeto vem falando por si. De 2009 até 2018, passaram pelo Reeducar 12.640 liberados provisórios, desse total, somente 3% (377) voltaram a reincidir. Entendemos que isso se deve ao apoio do Tribunal de Justiça; a parceria da Seduc; da Secretaria de Estado do Trabalho, por meio do Sistema Nacional de Emprego (Sine/Setrab-AM); da Secretaria Municipal do Trabalho Empreendedorismo e Inovação (Sine Manaus/Semtepi) e do Instituto de Identificação do Amazonas, da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas; da Federação das Industrias, por meio do Sesi e Senai; da própria Defensoria Publica; da Polícia Militar; dos advogados voluntários; dos programas Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos; das Igrejas Católica e Evangélica, que desenvolvem um conjunto de ações educativas, de capacitação profissional e de reinserção no mercado de trabalho, oferecendo uma rede de apoio ao projeto visando a não-reincidência desses reeducandos ao crime”, avalia a magistrada.
Além da juíza Eulinete, o defensor público e apoiador do projeto Miguel Tinoco conversou com os liberados sobre o Termo de Compromisso assinado após as audiências com a Justiça e explicou cada ítem falando das consequências legais, da não-observância de cada um deles.
Outro palestrante da manhã foi o ex-morador de rua que formou-se em Direito, atua como advogado e, atualmente, é mestrando em Direito, Gilvan Pereira Dácio, que se entusiasmou com a palestra motivacional, cujo tema foi a trajetória pessoal dele. O advogado contou sobre a fuga da casa dos pais no interior do Amazonas e a vinda para Manaus, onde se tornou morador de rua e trombadinha. Dácio passou a infância e parte da adolescência em abrigos, até que um dia percebeu que queria mais da vida e buscou os estudos e formou-se em Direito para poder ajudar a família.
Outro depoimento motivador foi dado pelo ex-detendo, atualmente conhecido como pastor Gean Santos, que na palavra de Deus descobriu o novo caminho. Em sua palestra, o pastor Gean, que ficou paraplégico após um acidente, compartilhou com todos as dificuldades da vida na cadeia e as mudanças decisivas que cada um pode realizar na própria trajetória.
A próxima palestra do Projeto Reeducar será no dia 29 de julho de 2019.
Sandra Bezerra
Foto: Arquivo TJAM
Revisão de texto: Joyce Tino
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