O evento foi promovido pela Esmam e Vara de Execução de Medidas Socioeducativas no período de 21 a 24 deste mês.
“Eu estou maravilhada e acredito que o curso vem para empoderar tudo aquilo que nós já trabalhamos na assistência social, agora, de uma forma também mais humanizada. Estou saindo daqui com muitas expectativas positivas para o desenvolvimento do meu trabalho”. A frase é da psicóloga Cristiane Barbosa Ferreira, do Município de Beruri (AM), sobre o Curso de Formação para Facilitadores em Círculos de Construção de Paz, promovido pela Escola Superior da Magistratura do Amazonas (Esmam) e Vara de Execução de Medidas Socioeducativas da Comarca de Manaus (VEMS) entre os dias 21 e 24 deste mês, em Manaus.
Cristiane disse que ao receber o convite para participar do curso não sabia como o assunto seria abordado e se surpreendeu com o resultado. Outra participante do curso, Keila Pinto Rodrigues, assistente social do Município de Maués (AM), também aprovou a iniciativa da Esmam e da VEMS.
“O curso trouxe uma reflexão sobre a Justiça Restaurativa, trabalhando as reconciliações. Eu, que sou da assistência social, lido todos os dias com situações de conflitos entre famílias. É difícil colocar em prática as teorias dessa temática, mas, sem dúvida, é muito benéfica para todos. Realmente, a Justiça Restaurativa ajuda no processo de reconciliação entre as partes”, afirmou.
O curso começou a ser ministrado na última quarta-feira (21/8) e encerrou no sábado. As aulas, ministradas pela manhã e à tarde, foram voltadas exclusivamente aos integrantes das redes de proteção do Estado e dos Municípios e aconteceram nas dependências da Esmam, localizada no 1º andar do Centro Administrativo Desembargador José Jesus Ferreira Lopes, prédio anexo à sede da Corte Estadual de Justiça – Avenida André Araújo, Aleixo, zona Centro-Sul de Manaus.
De acordo com o projeto do curso, a proposta para formação de facilitadores em círculos de construção de paz – uma metodologia da Justiça Restaurativa -, buscava oferecer bases de um referencial paradigmático na humanização e pacificação dos relacionamentos em conflito. Com enfoque mais prático, o curso procurou promover novas vivências e mecanismos pautados na cooperação. “A ideia é formar novos agentes propositores de novas práticas, mais pacificadoras e mais efetivas ante as demandas sociais surgidas na contemporaneidade”, conforme trecho do projeto.
A psicóloga Joana Segantin Esteves, analista judiciária do Tribunal de Justiça do Paraná, que conduziu o curso junto com a psicóloga Aline Fioravante, observou que houve “uma motivação muito grande” dos participantes do curso em estarem aprendendo e levando para sua cidade a metodologia da Justiça Restaurativa, aplicando os princípios do círculo de construção de paz. “A partir disso, é possível construir uma cultura onde o diálogo esteja mais presente, onde as pessoas consigam um senso maior de pacificação social e assim possam escutar o outro. Tudo isso para que possam chegar às relações de conflitos e resolvam de uma forma que todos sigam os acordos acertados”, explicou.
“O curso teve a finalidade de preparar facilitadores para atuar inclusive no interior do Estado. A nossa intenção é trabalhar a formação desses profissionais a fim de que possam conduzir os ‘círculos de paz’, capacitando as equipes dos CRAS (Centro de Referência da Assistência Social), CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), e as secretarias da capital e interior na área da Assistência Social”, o juiz Luís Cláudio Chaves, titular da VEMS, fala ainda sobre os avanços da temática no Estado do Amazonas. “Nós estamos avançando com a Justiça Restaurativa no Amazonas e para que tenhamos sucesso com esta prática é preciso investir na rede de proteção social. É o que estamos fazendo com o apoio decisivo da Esmam e da Presidência do TJAM”, finalizou o magistrado.
Texto: Lucas Lobo | ESMAM
Fotos: Esmam
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