Já chega a 20 o número de jovens atuando no Tribunal por meio do projeto, idealizado pela Vara de Execução de Medidas Socioeducativas.
Na manhã de quarta-feira (18), a Central de Mandados; o Protocolo Judicial; a Vara de Execução de Medidas e Penas Alternativas (Vemepa); o “Projeto Reeducar” e o Setor de Patrimônio do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) ganharam o reforço de cinco jovens aprendizes selecionados pelo “Projeto Novos Rumos”. Com a chegada dos cinco adolescentes, o projeto, idealizado pela Vara de Execução de Medidas Socioeducativas (VEMS) e em execução desde março deste ano, já totaliza 20 aprendizes atuando em vários setores da Corte Estadual.
O “Projeto Novos Rumos” foi implantado por meio de parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), que prepara os jovens para as atividades técnicas, sendo remunerados por empresas que possuem cotas de admissão de aprendizes para cumprir, como explicou a psicóloga Karen Bentes, da equipe da VEMS.
“São empresas que têm cotas para cumprir e, se não cumprem, são autuadas pela Superintendência Regional do Trabalho no Amazonas, sendo obrigadas a contratar menores para o primeiro emprego. Às vezes, as empresas não têm capacidade para receber o menor e, por meio do “Projeto Novos Rumos”, podem disponibilizar a mão de obra ao Tribunal de Justiça do Amazonas”, explica a psicóloga.
O “Novos Rumos” busca auxiliar a formação dos jovens entre 14 e 18 anos, que estão em situação de vulnerabilidade social ou que são egressos da Vara de Execução de Medidas Socioeducativas, contribuindo para a ressocialização. “Com a inserção desses jovens no mercado de trabalho formal buscamos a redução do quadro de vulnerabilidade social em que estão inseridos; o aumento de sua autoestima e o resgate de sua cidadania”, afirma o juiz Luís Cláudio Chaves, titular da Vara de Execução de Medidas Socioeducativas.
Uma das primeiras a integrar o projeto, Mariana Saavedra Dávila, 14 anos, está há três meses atuando como jovem aprendiz, lotada na Vemepa. A adolescente venezuelana chegou ao Amazonas juntamente com a família há pouco mais de dois anos e já está integrada à rotina de estudo e trabalho. “Minha rotina é bastante puxada, acordo cedo e já venho pronta para ir para a escola. Almoço aqui e chego em casa somente para dormir”, explica. Quanto à experiência de trabalhar no Judiciário, ela afirma que está valendo a pena. “Está sendo muito legal porque hoje em dia muito poucas pessoas têm essa oportunidade de viver a experiência de receber todo esse conteúdo. Acho muito bom para nós que estamos no projeto porque, no futuro, tudo que aprendemos aqui vai nos ajudar muito”, avalia a estudante, que pretende cursar medicina.
Sandra Bezerra
Foto: Acervo da VEMS
Revisão de texto: Joyce Tino
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