18/09/19 14h09
Modelo agora conta com maior capacidade da fábrica de Piracicaba para atender demanda no Brasil e América do Sul
Automotive Business
A Hyundai investiu US$ 200 milhões no desenvolvimento da nova geração da família HB20, que chega este mês às concessionárias brasileiras com faixa ampliada de versões e preços para brigar em todas as segmentações do mercado de hatches e sedãs compactos. Ao mesmo tempo, com outro aporte de R$ 125 milhões anunciado em março deste ano aumentou a capacidade de produção da fábrica de Piracicaba (SP) de 180 mil para 210 mil unidades/ano, sendo cerca de 150 mil para o HB20 e o restante para o SUV Creta.
Com isso, melhorou seu poder de fogo para a atender a demanda – por falta de mais veículos para entregar, há três anos as vendas do hatch estão estabilizadas em torno de 105 mil/ano, pois a planta brasileira vem trabalhando no topo desde o início das operações em 2012, adotando três turnos de segunda a sexta-feira já em 2013.
“Ampliamos a produtividade com mais robôs e treinamento para aumentar a eficiência dos processos. Agora temos mais capacidade de produção e as vendas da nova geração do HB20 devem crescer”, avalia Eduardo Jin, presidente da Hyundai Motor Brasil.
Desde o início deste ano, Jin também acumula a direção da Hyundai para 42 mercados da América do Sul e Central, que passaram a ser administrados a partir da sede no Brasil. Segundo ele, a intenção assessória à ampliação de Piracicaba é aumentar as exportações para os países da região. Hoje só Uruguai, Paraguai e Colômbia recebem os Hyundai produzidos na fábrica brasileira e há negociações em curso para ampliar esse leque – inclusive muitos potenciais importadores foram convidados para o lançamento do novo HB20 esta semana em um resort na Ilha de Comandatuba (BA).
Mas a Argentina deve continuar de fora, pois a Hyundai não tem operação industrial lá e portanto não consegue participar do regime flex, que estabelece uma cota de exportação livre de imposto equivalente a 1,5 vez o valor das importações do outro lado. “Vamos esperar melhorar as condições econômicas na Argentina antes de decidir se vamos fazer algo lá”, afirma Jin.