A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) debateu as consequências, no mercado de combustíveis, do acordo entre a Petrobras e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que arquivou a investigação de conduta anticoncorrencial da estatal, que tem posição dominante no mercado. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) destacou o poder da Petrobras de mobiliar a economia. Segundo ele, o acordo, que prevê a venda de oito refinarias da estatal, faz com que o Brasil abre mão desse poder e deixa a economia fragilizada. Já o senador Marcelo Castro (MDB-PI) ponderou que deve haver um equilíbrio na participação do Estado na economia para não inibir os investimentos. O senador Jean Paul Prates (PT-RN), que pediu a realização do debate sobre o tema na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) nesta quarta-feira (3), lembrou que o refino de petróleo já é aberto à iniciativa privada desde a década de 90 e que o abastecimento nacional é considerado de utilidade pública, e não pode ser tratado somente pelo viés do mercado. Ouça a reportagem de Raquel Teixeira, da Rádio Senado.