A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) divulga, nesta terça-feira (02/07), o Boletim Epidemiológico de Malária. Segundo o informe, o número de casos notificados de malária no primeiro semestre de 2019 foi de 23.828, o que representa uma redução de 35,16%, em comparação com o mesmo período de 2018, quando foram notificados 36.751 casos da doença.
Ainda de acordo com o boletim, 42 das 62 cidades amazonenses apresentam redução. Dentre elas, aquelas que ostentam os melhores resultados são: Envira, com redução de 90%, passou de 76 casos, em 2018, para 7, em 2019; Itacoatiara, com 89%, de 491 casos, em 2018, para 52, em 2019; Juruá, com 83%, de 227 casos, em 2018, para 37, em 2019; Autazes, com 81%, de 165 casos em 2018 para 31, em 2019; e Careiro, com 77%, de 167 casos, em 2018, para 37, em 2019.
Os municípios do Alto Rio Negro também apresentam diminuição de casos. São Gabriel da Cachoeira apresenta redução de 54%, com 4.038 casos notificados no primeiro semestre de 2019, contra 8.805 no ano passado. Em Santa Isabel do Rio Negro, a redução foi de 28%, com 1.411 casos em 2019, contra 1.980 em 2018. Barcelos é o que tem a menor redução, de 20%, com 2.221 casos notificados em 2019, contra 2.795 casos em 2018.
Na contramão da redução, as cidades que apresentaram um aumento de casos de malária são: Pauini, com 185% (de 110 casos em 2018 para 314 em 2019); Novo Aripuanã, com 134% (93 casos em 2018, e 218 em 2019); Eirunepé, com 128% (80 casos em 2018, e 183 em 2019); Caapiranga, com 82% (52 casos em 2018, e 95 em 2019); e Beruri, com 65% (23 casos em 2018, e 39 em 2019).
A diretora-presidente da FVS, Rosemary Costa Pinto, salienta que mesmo com a redução dos casos, a malária permanece como um grande problema de saúde pública a ser enfrentada pelo Brasil e pelo Amazonas.
“É a doença mais notificada no estado. Somente em 2018, foram 73.362 casos e, até o momento, 23.828 pessoas foram acometidas pela malária, número que pode aumentar por conta do período de transmissão, que segue até outubro”, disse.
De acordo com o diretor técnico da FVS, Cristiano Fernandes, a malária não deixa de ser prioridade no órgão. “O Governo, por meio da FVS, realiza investimento de forma programada anualmente junto aos municípios, garantindo o abastecimento de insumos estratégicos, em parceria com o Ministério da Saúde, treinamentos e equipamento para o combate à endemia”, afirmou ele.
O chefe de Departamento de Vigilância Ambiental da FVS, Elder Figueira, esclarece que o controle da endemia precisa ser contínuo e diferenciado. “A FVS mantém a maior rede maior rede de laboratórios de malária do Brasil. Ao todo, contamos com mais de 1.033 postos laboratoriais, com microscopistas treinados pelo o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-FVS), o que permite o diagnóstico tratamento precoce de doenças.
Prevenção – A melhor forma de prevenção da doença é evitar a picada do mosquito. Entre as medidas protetivas individuais estão usar repelentes, calças e camisas de manga longa e evitar a permanência em igarapés no período de fim de tarde e início da noite, horário em que o mosquito é mais ativo para se alimentar.