Reunião alinha ações da operação Acolhida entre o Exército e a prefeitura
A primeira reunião de alinhamento da operação Acolhida, realizada pelo Ministério da Defesa, ocorreu nesta terça-feira, 21/5, com o coordenador operacional da Força-Tarefa Logística Humanitária, general de brigada Eduardo Pazuello. O encontro aconteceu na sede da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), localizada na avenida Airão, Centro.
As tratativas tiveram início na noite da última segunda-feira, ocasião em que o prefeito Arthur Virgílio Neto recebeu o general no Palácio Rio Branco, Centro.
A operação Acolhida vem conduzindo o regramento da fronteira, o acolhimento e a interiorização de venezuelanos. Durante a reunião, o general Eduardo Pazuello explicou que a reunião é um aprofundamento para detalhar o que será a operação Acolhida em Manaus. Segundo ele, o Exército brasileiro planeja aplicar a mesma experiência adquirida na operação realizada em Roraima, na capital amazonense.
“Estamos só no início, pois é assim que começamos. O controle da ansiedade é necessário, porque vamos precisar executar o planejamento para que seja autorizada a viabilização de recursos, contratações, entre outros. Isso não é imediato, pois requer todo esse trabalho. Estamos no caminho certo, traçando soluções juntos para começar a ter soluções nos próximos 40 dias”, frisou Pazuello.
Também participaram das discussões, representantes das secretarias municipais de Saúde (Semsa), Parceria e Projetos Estratégicos (Semppe) e Casa Militar, além do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Organização Internacional para as Migrações (OIM) e a instituição Fraternidade Sem Fronteiras (FSF).
Subcomitê
A proposta do Exército Brasileiro, segundo o general Pazuello, é que haja um posto de triagem intitulado subcomitê, o mesmo utilizado em Roraima com a presença de vários órgãos envolvidos na operação Acolhida, oferecendo serviços de saúde, emissão de documentação entre outros.
“Para cada especificidade da resposta, existem alguns órgãos e organizações que fazem parte dessa demanda, que é necessária para compor um subcomitê focado para o ordenamento da parte documental, triagem, abrigamento, resposta indígena, ou seja, para cada tipo de resposta, há um grupo especializado de pessoas”, explicou o general Pazuello.
A titular da Semasc, Conceição Sampaio, destacou que a Prefeitura de Manaus, desde o final de 2016 tem desenvolvido um trabalho com os refugiados venezuelanos indígenas e não indígenas.
“O Exército ficará à frente do controle dos refugiados no Estado, mas a prefeitura também terá sua participação direta nessa construção. A operação Acolhida tomou conta da situação dos refugiados lá em Roraima. Naquele momento, houve uma solicitação para que a operação pudesse chegar aqui, até em função da quantidade de pessoas, que era menor em 2016. A operação não veio, mas a realidade de 2019 nos mostra exatamente o contrário”, pontuou Conceição.
Operação Acolhida
A operação foi lançada em Roraima, em março de 2018 e reúne órgãos federais, estaduais e municipais que atuam em conjunto nas ações de acolhimento aos venezuelanos, como fornecimento de refeições, serviços de saúde, direcionamento para abrigos e a regularização documental dos refugiados que queiram permanecer no Brasil e ser distribuídos para outras regiões, juntamente com suas famílias. A operação já contabiliza ao menos 6.258 venezuelanos interiorizados em mais de 15 Estados brasileiros.
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Texto – Alexsandro Machado / Semasc
Foto – Divulgação / Semasc
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