Museu da Cidade de Manaus é celebrado no Dia Internacional dos Museus
No Dia Internacional dos Museus, o Museu da Cidade de Manaus recebeu os manauaras e turistas que desejavam comemorar a data conhecendo a história e cultura da capital amazonense. Com menos de um ano de inauguração, o Museu da Cidade de Manaus, situado no Paço da Liberdade, no Centro, comemorou pela primeira vez a data. O museu é administrado pela Prefeitura de Manaus, através da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult).
Acompanhado do pequeno Luís Miguel, 10, o paraense Manoel Guimarães, 40, aproveitou a data para fazer uma programação diferenciada com seu filho no Centro Histórico, mostrando um pouco da cultura do lugar onde vivem há seis anos.
“Este ano colocamos como meta visitar o centro de Manaus e seus pontos turísticos. E meu filho pediu que o nosso primeiro passeio fosse no Museu de Manaus e hoje estamos aqui. Eu fiquei surpreso com a maneira de que essa cultura é mostrada, como a questão dos afluentes, aliando tecnologia à cultura. O depoimento das pessoas sobre suas experiências na cidade também é muito interessante. O nosso povo não tem costume de conhecer sua própria história e no museu pudemos ver um pouco do marco zero, de onde começou Manaus”, disse o auxiliar de operação.
Para Luís Miguel, estar no museu foi uma experiência incrível. “Eu achei interessante conhecer um pouco da história de Manaus, mesmo não tendo nascido aqui. O que eu mais gostei foi de saber da chegada dos portugueses, dos indígenas que foram escravizados e suas tumbas e das ruinas do Forte de São Jose da Barra do Rio Negro”, declarou.
Até este domingo, 19/5, as visitações no Museu da Cidade de Manaus serão guiadas. Com acesso gratuito, o espaço abre suas portas ao público de terça-feira a domingo e feriados às 9h, encerrando as visitas às 17h, com a última entrada permitida até as 16h20.
Este é o primeiro museu tecnológico do país e que resgata as diferentes identidades do povo manauara através dos traços culturais, mistura de etnias e cores que transformam a capital amazonense em uma grande metrópole.
Integrante dessa história, a ribeirinha Maria Raimunda Brasil, 67, aproveitou a manhã deste sábado para relembrar momentos marcantes de sua vida e compartilha-los com seu neto Gabriel, de 10 anos. “Eu fui criada no Rio Negro, mas sempre vinha de batelão para Manaus com meu tio. Aqui no museu eu tenho muitas memórias boas. Hoje, por exemplo, me recordei da minha vó. Olhando alguns detalhes, vi um fogão de ferro parecido com um que minha vó usava para fazer comida antigamente. Isso traz lembranças dos tempos antigos e vale a pena conferir”.
Para quem vem de longe, Manaus é uma cidade especial e repleta de singularidades que poucos têm o privilégio de vivenciar. “Eu tinha uma enorme curiosidade de conhecer a Amazônia e estou apaixonada por esse lugar. É a primeira vez que estou na cidade e já pude realizar alguns sonhos antigos como fazer trilha pela mata e conhecer vários tipos de vegetação, flora e fauna. Hoje, estou conhecendo o museu com essa memória fantástica e com o entorno adornado de lindos prédios antigos que me encantam muito”, relatou a aposentada gaúcha, Suzana Robson, 73, que está curtindo férias na cidade.
O mineiro José Marconi também esteve no museu neste sábado. Ele foi ao espaço acompanhado de seu sogro Jayme Loureiro, 72, que é manauara, para adquirir mais conhecimento sobre a cidade.
“Todas as pessoas que vem em Manaus ficam encantadas com a cidade, porque antigamente se ouvia dizer que na Amazônia só tinha floresta, índios e animais selvagens. Mas, aqui se tem tudo que é mais bonito no mundo. E todo mundo fica de olho nela porque ela encanta com sua beleza e com sua riqueza”, disse o engenheiro.
Museu da Cidade de Manaus
O Museu da Cidade foi criado pelo prefeito João de Mendonça Furtado, por meio da Lei n° 1.616, de 17 de junho de 1982, porém, nunca funcionou e sequer foi inaugurado. Trinta e seis anos depois, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, entregou para a população, no dia 24 de outubro de 2018, um museu que representa a identidade e a vida do povo manauara.
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Texto – Bruna Greco / Semcom
Fotos – Nathalie Brasil / Semcom
Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHsmBjbgxB
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