O vereador Elias Emanuel (PSDB) usou seu tempo no grande expediente desta terça-feira (7/5), para criticar a ausência de edital do Programa Mais Médicos do Governo Federal. Após a retirada dos cubanos do programa e consequentemente a saída dos profissionais do país, o município de Manaus perdeu 32 médicos e ainda não conseguiu repor devido ao atraso no edital de contratação.
O parlamentar questionou o excesso de corte de verbas nos setores mais importantes, deixando os brasileiros desassistidos. “Trinta médicos brasileiros deixaram o programa, mais duas vagas cubanas que ainda não foram preenchidas. As zonas Leste e Norte deixaram de receber atendimento porque o Governo Federal não reabre o edital e deixa a população de Manaus em sofrimento.”, afirmou.
Vale lembrar que desde o início do ano, pastas importantes como Educação e Assistência Social vem recebendo cortes nos seus orçamentos. Já outros ministérios, como Saúde e Cultura, vem deixando de receber atenção e investimentos, complicando a vida do brasileiro que espera por mais igualdade no atendimento e nas oportunidades.
Villas Bôas
Outro destaque do vereador que está em seu 4º mandato, foi o comentário nada respeitoso de Olavo de Carvalho sobre o general Villas Boas. O ideólogo chamou em uma rede social o ex-comandante do exército de “um doente preso a uma cadeira de rodas”.
Os 140 caracteres utilizados para ofender o militar repercutiu mal não só na imprensa, como também entre os 41 parlamentares da Câmara Municipal de Manaus que pediram seus apartes e defenderam Villas Bôas que apesar de sofrer de uma doença degenerativa, continua atuando de forma consciente e responsável no Governo Federal.
Para o professor Gedeão Amorim, comentários desagradáveis como o de Olavo, nem deveriam ser levados em consideração, uma vez que Carvalho nem no Brasil reside. “Esta figura que é uma espécie de mentor do governo Bolsonaro parece querer substituir as personalidades históricas do nosso país. Pretender ofuscar um brasileiro de alma grande que soube contornar os momentos mais difíceis das relações entre os governos é simplesmente um absurdo”, contestou o vereador.
Já para Elias poucas pessoas representam tanto a Amazônia quanto o general que inclusive, foi comandante do Comando Militar da Amazônia (CMA). “Por que eu falo do general? Porque ele é um amazônida de carteirinha, convicto e defenderei esse homem em todos os circuitos em que eu tiver oportunidade de fala”.
O tucano disse ainda que o comentário desrespeita a pessoa humana. “Eu não consigo conceber como alguém que mora na América do Norte pode querer ditar qualquer norma ao nosso governo e ainda se referir a um brasileiro de uma brasilidade ímpar como o general de forma tão desumana e desrespeitosa”.
Para concluir, o vereador usou uma citação do prefeito de Manaus, afirmando que no atual governo Bolsonaro “os mais civis sãos os militares”. Remetendo aos constantes escândalos envolvendo os ministros civis do presidente.
Texto: Jamyly Macedo – Assessoria do vereador Elias Emanuel
Foto: Aguilar Abecassis – Dircom/CMM