Ao abrir o Workshop Estratégico “Indústria em Pauta” — Desafios do setor eletroeletrônico do Polo Industrial de Manaus (PIM) nesta terça-feira 07/10), no Senai Amazonas, o presidente do Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado do Amazonas (Sinaees) e diretor da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Rildo Oliveira, pontuou a relevância do setor eletroeletrônico para a economia local e a necessidade de articulação entre indústria, instituições de ensino e governo para manter a competitividade do PIM.
“O encontro busca promover trocas de experiência e apontar caminhos para fortalecer a cadeia produtiva local”, ressaltou o empresário.
Promovido pelo SENAI Amazonas, por meio do Instituto de Inovação em Microeletrônica (ISI-ME), o evento reuniu lideranças do setor, representantes do poder público e empresas do PIM para identificar gargalos, priorizar demandas e mapear ações concretas de formação, inovação e infraestrutura.
capacitação para a indústria
Na ocasião, o vice-presidente da FIEAM, Wilson Périco, reforçou o papel estratégico do Senai para reduzir a distância entre oferta de capacitação e demanda da indústria.
“O objetivo do workshop é aproximar o SENAI das empresas, calibrar a oferta de cursos e serviços com as necessidades reais das linhas de produção e contribuir para a requalificação de trabalhadores frente às transformações tecnológicas”, disse Périco.
Inovação precisa de políticas públicas e privadas
O secretário executivo de Desenvolvimento do Amazonas, Gustavo Igrejas, pontuou a importância da inovação para o futuro do PIM e lembrou que o setor eletroeletrônico responde por parcela significativa do faturamento do polo, razão pela qual políticas públicas e iniciativas privadas precisam convergir para promover desenvolvimento tecnológico e atração de investimentos.
O ISI/ME capta as demandas do setor e transforma essas contribuições em investimentos e serviços efetivos. Durante o evento, o diretor do Instituto, Elvio Dutra, coletou sugestões por meio de QR codes, painéis colaborativos e votação para priorização — e listou quatro eixos principais de levantamento:
- capacitação técnica
- produtividade e indústria 4.0
- ensaios, certificação e qualidade
- eficiência energética / sustentabilidade.
Dutra também apontou a necessidade da criação de um Centro de Serviços Industriais local capaz de oferecer prototipagem, ensaios e certificações que hoje obrigam empresas a se deslocarem para outras regiões.
Participantes
O workshop teve como público empresas do PIM, fabricantes, fornecedores de componentes e serviços, e priorizou um diálogo prático. Além das apresentações institucionais, os participantes coletaram demandas (por exemplo, laboratórios de ensaio para equipamentos de grande porte, trilhas formativas sob demanda, e projetos de ecoeficiência) que serão priorizadas em etapas seguintes.
Entre as propostas apresentadas por representantes do setor esteve também a necessidade de atualização das políticas de contrapartida e maior articulação para atrair novas cadeias produtivas ao PIM.
Próximos passos
Fotos: Divulgação/ Senai