Durante encontro em Manaus, Banco Mundial anuncia 2ª fase de projeto para Amazônia no Brasil, Colômbia e Peru
O Amazonas recebeu, até esta quinta-feira (27/06), reunião de supervisão do projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia. Representantes do Banco Mundial, Ministério do Meio Ambiente (MMA), Governo do Estado, Conservação Internacional, Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e de outras instituições participaram do evento, realizado em um hotel na zona centro-sul de Manaus. Na ocasião, foi anunciada a segunda fase da iniciativa, que já investiu mais de R$ 2,3 milhões em políticas de desenvolvimento sustentável para o estado.
A programação teve como objetivo analisar o andamento do projeto nas dimensões físico-financeira e dos indicadores. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) é responsável pela implementação técnica do projeto Paisagens Sustentáveis no Amazonas.
A agenda contou com a participação do secretário de Biodiversidade do MMA, brigadeiro Eduardo Camerini; da coordenadora do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) e do Programa Regional Paisagens Sustentáveis da Amazônia no Banco Mundial, Adriana Moreira; do diretor do Departamento de Áreas Protegidas da Secretaria de Biodiversidade do MMA, Ricardo Castelli Vieira; além do secretário de Meio Ambiente do Pará, José Mauro de Lima; e do secretário-adjunto de Meio Ambiente de Rondônia, Edgar Menezes.
O secretário de Biodiversidade do MMA, Eduardo Camerini, ao lado de sua equipe e da delegação do Banco Mundial, participou de visita à comunidade Tumbira, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, na quarta-feira (26/06). Ele conheceu os investimentos realizados com recursos do Arpa na gestão da Unidade de Conservação, apresentados pelo secretário Eduardo Taveira, e expressou a satisfação do MMA com os avanços obtidos pelas ações desenvolvidas no Amazonas.
“Entramos agora numa fase de consolidar a governança e a continuidade dessas ações, a fim de podermos ampliar os benefícios para toda a Amazônia e sua população”, declarou ele, que ressaltou a capacitação e coesão do grupo técnico ligado ao Arpa e os bons resultados de sua atuação, dos quais a RDS do Rio Negro é um exemplo. “Este projeto, já com 10 anos de idade, desenvolve-se exemplarmente e já se apresenta com muitas lições aprendidas e a serem ensinadas”.
O secretário do Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira, ressaltou que o encontro permitiu troca de experiências entre os estados da região. “Essa reunião é importante para que possamos construir de fato um projeto que contemple todos os estados e nos permita avançar nas políticas públicas que visam o desenvolvimento sustentável em uma perspectiva socioambiental”, disse.
O Banco Mundial anunciou ainda a aprovação da segunda fase do Projeto Paisagens Sustentáveis. “Terminamos a reunião de hoje (quinta-feira) com um ar de entusiasmo, porque tivemos a segunda fase do programa aprovado. Logo teremos novos recursos para desenvolver o trabalho que vem pela frente, em uma visão de longo prazo de um programa que tem tudo para se estender até 2027”, destacou.
Participaram da agenda na RDS do Rio Negro também o superintendente geral da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Virgilio Viana, instituição parceira nas atividades de geração de renda realizadas na RDS.
Paisagens Sustentáveis da Amazônia – O projeto é uma iniciativa financiada pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (no inglês, Global Environment Facility – GEF) e é parte do Amazon Sustainable Landscapes (ASL), um programa regional voltado especificamente para a Amazônia, envolvendo Brasil, Colômbia e Peru. O Banco Mundial é a agência implementadora do programa, que tem como diretriz principal a visão integrada do bioma, de modo a promover a conectividade entre os três países.
Os principais objetivos da iniciativa são aumentar as áreas de ecossistemas florestais globalmente relevantes por meio da criação de novas áreas protegidas; consolidar e melhorar a gestão de Unidades de Conservação (UCs); aumentar o financiamento para o sistema de áreas protegidas; promover a conectividade e a gestão integrada de áreas protegidas; promover o desenvolvimento de arranjos produtivos locais e cadeias de valor derivados do uso sustentável da biodiversidade.
Estão entre as principais metas ainda a cadeia produtiva da recuperação da vegetação nativa e o setor de produção de sementes e mudas de espécies nativas; fortalecer as políticas públicas voltados à proteção e à recuperação da vegetação nativa; e promover a capacitação e a cooperação regional entre os países integrantes do programa.
FOTOS: Ricardo Oliveira/Sema