Um total de 110 unidades, incluindo seis ruas e uma avenida, já foi mapeado com o uso do aplicativo ArcGIS Field Maps, com dados levantados por equipes da Prefeitura de Manaus, do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), no mês de abril.
Colaboradores da Gerência de Patrimônio Histórico (GPH) foram a campo para levantar os dados, de forma digital e on-line, usando o aplicativo nos celulares ou plataformas móveis, fazendo os primeiros testes do sistema.
Com o app, a prefeitura eliminou as fichas de cadastro feitas em papel, usadas até então para realizar o mapeamento e monitoramento de imóveis históricos e de preservação no Centro, zona Sul. Os trabalhos se concentram nas ruas Marechal Deodoro, Guilherme Moreira, Marcílio Dias, Doutor Moreira, Theodoreto Souto e Quintino Bocaiuva, além da avenida Eduardo Ribeiro.
Os serviços realizados são para atualizar o Decreto Municipal 7.176/2004, com trabalhos de vistoria técnica e monitoramento de unidades históricas do centro da capital, incluindo 1.656 imóveis e terrenos, dez praças e 11 armazéns de porto. As ações são realizadas todas as terças e quintas-feiras, no período da tarde, e um domingo por mês.
Direto dos pontos, casas, prédios e imóveis, a equipe faz a coleta de dados, que são transmitidos para um software no Implurb. O conjunto monitorado está listado no decreto que estabelece o setor especial das unidades de interesse de preservação no centro histórico.
“Com este trabalho teremos mais agilidade e precisão geográfica na hora de coletar os pontos, além de maior rapidez. Com o aplicativo, tudo será preenchido e atualizado dentro de um software no computador, sendo automático com o aplicativo nos celulares ou plataformas móveis”, comentou a gerente do GPH, Landa Bernardo.
Além de deixar de usar fichas manuais e em papel, o ganho ainda é na precisão de dados, principalmente nos pontos, porque eles vão ser georreferenciados. “Ganhamos em tempo, precisão e em agilidade”, afirmou.
Monitoramento
O monitoramento é um trabalho de acompanhamento das unidades e atualização dos cadastros para saber as condições em que elas se encontram. A finalidade do monitoramento é saber como os imóveis são usados, se está tendo alguma degradação, está abandonado ou ainda continua com o mesmo uso.
“A população pode ajudar dando informações especialmente sobre imóveis no centro antigo que estão abandonados ou em degradação, ou sendo alvo de vandalismo e depredação, ligando para o 3625-6577, do GPH”, explicou a gerente do setor, Landa Bernardo.
O monitoramento envolve as edificações da lista com verificação in loco dos imóveis; situação e condição do bem, se está em uso, abandonado ou em depredação; adequação de publicidade; e atualização da ficha de cadastro. Também em campo, os arquitetos e técnicos do Implurb vão verificar possíveis danos aos prédios, casarões e similares, assim como se ocorreram alterações no patrimônio ou obras irregulares.
A gerente ressalta a importância dos moradores do Centro de manterem seus imóveis bens conservados e com manutenção, especialmente os que fazem parte da listagem do centro antigo. “As unidades particulares são de responsabilidade de seus proprietários. A salvaguarda e a manutenção desses imóveis são de responsabilidade dos seus donos e os proprietários precisam começar, realmente, a conservar, manter, proteger, evitando o abandono, o vandalismo e a ocupação indevida, garantindo a preservação da edificação e a segurança do entorno”, comentou Landa.
A Gerência de Patrimônio (GPH) tem atendimento presencial às segundas, quartas e sextas, das 8h às 11h, mas denúncias e informações podem ser encaminhadas pelo telefone (92) 3625-6577, de segunda a sexta, no mesmo horário.
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Texto – Claudia do Valle / Implurb
Fotos – Valdo Leão/ Semcom