Representantes do Exército Brasileiro que integram o Grupo de Trabalho visando à implementação da Empresa Nacional de Desenvolvimento da Força Terrestre (Endeforte) visitaram a sede da Suframa, nesta terça-feira (16), a fim de apresentar detalhes do projeto e discutir possibilidades de cooperação com a Autarquia.
O general Eduardo Castanheira Garrido e o coronel Luiz Claudio Araújo foram recebidos pelo superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, pelo superintendente-adjunto Executivo, Frederico Aguiar, e pelo coordenador-geral de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Arthur Lisboa.
A diretriz de implantação do projeto Endeforte foi aprovada pela Portaria número 1.268, de 5 de março de 2024. O projeto, vinculado ao Ministério da Defesa, por intermédio do Comando do Exército, visa, face o cenário de fortes restrições orçamentárias, à busca por soluções que permitam ao Exército Brasileiro obter o material de emprego militar necessário para o cumprimento de suas missões constitucionais e legais.
Nesse cenário, a Amazônia ganha atenção especial, tendo em vista a preocupação do Exército brasileiro com o desenvolvimento sustentável da região, bem como com questões relacionadas às mudanças climáticas e à busca por soluções para aproveitamento racional da biodiversidade, entre outras.
De acordo com o general Eduardo Garrido, o Endeforte é um projeto que o Exército está construindo para a implementação de uma empresa estatal não dependente e que terá foco tanto na segurança nacional quanto em ações de interesse coletivo, tendo por base os projetos estratégicos do Exército e o desenvolvimento de tecnologias ligadas à defesa e de soluções relacionadas à economia verde, à transição energética e que permitam à geração de empregos e o fortalecimento da economia regional. “A reunião com a Suframa foi muito boa no sentido de entender todas as oportunidades para uma empresa dessa natureza proposta pelo Exército. A obtenção dos recursos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, pela Lei de informática, é um mecanismo que vai ajudar muito e pode contribuir para que essa empresa tenha uma fonte de receita para a sua sustentabilidade”, disse Garrido.
O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, elogiou a idealização do projeto Endeforte, uma vez que o Polo de Bens de Informática da Zona Franca de Manaus tende a crescer cada vez mais a partir da Reforma Tributária e os recursos da Lei de Informática podem contribuir, inclusive, com organizações como o próprio Exército Brasileiro. “A ideia é segurar o homem amazônida na região, por meio da utilização das novas tecnologias. A Suframa orienta a acessar esses recursos para desenvolver essas tecnologias de fronteira e de alto rio. Nós temos interesse que esses recursos sejam investidos aqui, para o bem da Amazônia. E são recursos que o Exército pode buscar obter para monitorar e proteger a nossa Amazônia”, reforçou Saraiva.