Vítima teve mais de R$ 50 mil transferidos de suas contas bancárias
Policiais civis da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) prenderam, na quinta-feira (21/09), cinco indivíduos envolvidos nos crimes de extorsão mediante sequestro e homicídio qualificado praticados contra o pintor Valdimício Rodrigues da Silva, 50, conhecido como “Pantera”. O crime ocorreu no dia 2 de setembro deste ano, em Manaus.
Durante coletiva de imprensa na Delegacia Geral (DG), bairro Dom Pedro, zona centro-oeste, o delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga, destacou o êxito da operação deflagrada pela DEHS, que resultou nas prisões desses cinco envolvidos no sequestro, cárcere privado e tortura contra o pintor, que também teve seus pertences roubados.
“Destaco o trabalho que a Polícia Civil vem realizando em relação às investigações e elucidação de casos de homicídios ocorridos no Estado, trazendo uma pronta resposta à sociedade amazonense. Somente na quinta-feira, seis indivíduos foram presos por crimes violentos”, enfatizou o delegado-geral.
Logo após o crime, a equipe da DEHS iniciou as investigações. Dois presos foram identificados como Kennedy de Oliveira Mendes e a esposa dele Késsia Costa dos Santos, que estavam com partes do dinheiro roubado da vítima.
Dinâmica do crime
Conforme o delegado Ricardo Cunha, titular da unidade policial especializada, a ação criminosa iniciou com o sequestro de Valdimício, que fazia empréstimos em dinheiro, e tinha alguns devedores. Segundo Cunha, Kennedy sabia que a vítima possuía dinheiro em conta e também em espécie.
“Por essa razão, Kennedy arquitetou o sequestro do homem, no dia 1° de setembro, quando ele estava em uma parada de ônibus no bairro Praça 14 de Janeiro, zona sul. A ação criminosa contou com o apoio de outros comparsas, que o levaram para um cativeiro no Colônia Terra Nova, zona norte, e posteriormente, a vítima foi encontrada morta no Tarumã, zona oeste, com sinas de tortura”, informou o delegado.
Ainda de acordo com a autoridade policial, ao todo, mais de R$ 50 mil foram transferidos das contas bancárias da vítima, mais precisamente para a conta de Késsia. Acredita-se que possa ter sido uma quantia maior, mas no momento, está sendo aguardado o desfecho das investigações, e também as respostas das agências bancárias e perícias para saber ao certo o valor roubado.
Além de Kennedy e Késsia, há outros envolvidos nos crimes, que já foram identificados, mas não terão os nomes revelados, para não atrapalhar o andamento das investigações. Kennedy era conhecido da vítima, mas não tinha um vínculo forte de aproximação.
Em depoimento, Kennedy confessou o crime, e contou que havia outras duas pessoas no momento do homicídio de Valdimício, que inclusive foram pagos com o dinheiro roubado da vítima.
“As investigações irão continuar para identificar se a motivação teria sido uma suposta dívida no valor de R$ 90 mil que familiares de Kennedy teriam com a vítima”, comentou Ricardo Cunha.
Procedimentos
Os indivíduos responderão por extorsão mediante sequestro e homicídio. Eles passarão por audiência de custódia e ficarão à disposição da Justiça.