As operações visaram combater os crimes ambientais, lotes ilegais e a exploração e abuso de animais silvestres
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema), apresentou, nesta sexta-feira (18/08), o resultado das Operações Anhanguá e Curupira, deflagradas com o objetivo de mapear pontos de desmatamentos, queimadas e maus tratos de animais silvestres. As ações ocorreram na quinta-feira (10/08) e sexta-feira (11/08), no lago do Janauarí, no município de Iranduba e na Área de Preservação Ambiental (APA), da margem direita do Rio Negro, respectivamente.
Em coletiva de imprensa realizada da sede da PC-AM, o delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres, parabenizou a ação investigativa e o desempenho da Dema e do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM).
“Um dos eixos da Polícia Civil é a valorização estrutural da Delegacia do Meio Ambiente, e nossa intenção é ressaltar esse valor com a atuação da delegada titular e do diretor Alessandro Albino, frutos dessa etapa de intervenção”, exalta o delegado adjunto.
Durante a coletiva, o delegado Alessandro Albino, diretor do DPM, congratula a administração da delegacia ambiental ao dizer que há sucesso na escolha administrativa da Dema, assim como os resultados apresentados serão mais frequentes e efetivos.
Operações
Conforme a delegada Juliana Viga, titular da Dema, o combate e repressão dos crimes ambientais desdobraram-se nas operações investigativas ao receberem uma denúncia a respeito de desmatamento em área de proteção ambiental e loteamento irregular.
“Dos sete locais que haviam sido visitados, três deles estavam irregulares. Conseguimos identificar quatros pontos de desflorestamento, indiciamos cinco pessoas por desmatamento em área de preservação permanente, produção de carvão de formar ilegal, queimadas e utilização de madeira fora do manejo florestal”, narra a delegada.
A operação Anhanguá visou combater a exploração e abuso de animais silvestres no turismo e, após o conhecimento por denúncia, chegaram a conscientizar os moradores da comunidade local para que não seja permitido o uso e abusos dos animais silvestres encontrados.
“A Dema também está na quarta etapa da Operação Jáci, juntamente com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Locomovemo-nos a vários estabelecimentos, para realizar a verificação da licença para funcionamento de equipamento sonoro e, em alguns desses estabelecimentos, foi feita a medição por sonómetro e, durante essa ação, conseguimos lavrar onze procedimentos criminais contra sete estabelecimentos”, conta Juliana Viga.
Na ocasião, serão apresentados os aparelhos de sonómetro para verificar o crime ambiental de poluição sonora, que faz a medição do dos volumes do som, recebido pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM). Dois dos objetos foram entregues para o Departamento de Polícia Técnico Científica (DPTC), para perícia.
Indiciamento
As cinco pessoas foram indiciadas por corte de arvores em área de preservação permanente, armazenamento de madeira e carvão sem o Documento de Origem Florestal (DOF), queimadas em área de floresta e utilização de motosserra sem licença ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).