A UEA torna-se a primeira instituição de ensino superior do Amazonas a oferecer suporte básico de vida, para a comunidade acadêmica, com o uso do DEA
A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) deu início às atividades do programa UEA Cardio Protegida, que garantirá o atendimento básico a casos de parada cardiorrespiratória com o uso de Desfibriladores Externos Automáticos (DEA) nas unidades acadêmicas da universidade. Na quarta-feira (090/8), foi realizado um treinamento prático do equipamento no Hospital Universitário Francisca Mendes voltado a alunos do curso de Medicina.
Por meio da implementação do programa, a UEA torna-se a primeira instituição de ensino superior do Amazonas a oferecer suporte básico de vida para a comunidade acadêmica com o uso do DEA. Os equipamentos foram entregues nas unidades da capital e do interior. O aparelho permite que a chance de sobrevivência da vítima não dependa somente da chegada do socorro integral.
Segundo o reitor da UEA, Prof. Dr. André Zogahib, a UEA é pioneira na iniciativa. “Por meio de um treinamento simples, podemos capacitar pessoas para salvar vidas, dentro e fora da universidade, e isso é muito importante”, disse.
A vice-reitora da UEA e coordenadora do programa, Prof.ª Dra. Kátia Couceiro, afirma que, a cada 90 segundos, acontece uma morte por doença cardiovascular no Brasil. Segundo ela, a iniciativa da universidade tem como objetivo principal evitar mortes por meio do treinamento correto da população.
“Em mais de 70% dos casos, as paradas cardiorrespiratórias acontecem longe dos hospitais. Por meio da aplicação correta das manobras e com o equipamento adequado, podemos salvar vidas. Estamos plantando uma semente, e o cenário ideal é termos desfibriladores e pessoas capacitadas nos mais diferentes ambientes”, comentou.
Parceria
O treinamento nas unidades acadêmicas iniciará a partir do mês de setembro, com uma carga horária de 4 horas. A capacitação será coordenada pela vice-reitora, Prof.ª Dra. Kátia Couceiro, em parceria com a Liga Acadêmica de Cardiologia e com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que será responsável por certificar os participantes. “A ideia é que esse conhecimento seja replicado. O DEA pode ser utilizado por qualquer pessoa que tenha sido instruída, o que faz com que seja mais fácil o compartilhamento dos procedimentos”, ressaltou a vice-reitora.
A médica Vânia Naue, também membro da SBC, participou do treinamento prático. “Como médica, já salvei vidas e sei da importância do conhecimento básico na hora de prestar auxílio a quem está precisando. Com esse treinamento, podemos preparar pessoas para atuar em momentos difíceis”, exclamou.
Para a estudante Kethely Maia, do 7° período do curso de Medicina, é gratificante participar do projeto. “Como já foi falado, é muito importante não somente para nossa vida acadêmica mas, especialmente, para o nosso dia a dia. Poder estar preparado e passar esse conhecimento adiante é algo que faz toda a diferença”, finalizou a discente.
Sobre o DEA
O DEA é um equipamento portátil que avalia, automaticamente e com precisão, as potencialidades letais, arritmias cardíacas de fibrilação ventricular e taquicardia ventricular em um paciente. Além de diagnosticar, ele é capaz de tratá-las por meio da desfibrilação, uma aplicação de corrente elétrica que para a arritmia, fazendo com que o coração retome o ciclo cardíaco normal.