Na Semana de Prevenção da Violência contra o Idoso, a Prefeitura de Manaus destaca a importância da avaliação multidimensional da pessoa idosa, que consiste em uma avaliação de rastreio na qual são identificados os sinais de fragilidade na saúde. O instrumento é fundamental para criar um plano de cuidados para gerar qualidade de vida e minimizar os riscos à saúde.
Quando foi implantada em 2018, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) registrou 101 avaliações multidimensionais, número que foi se elevando ao longo dos últimos anos e em 2022 atingiu a marca de mais de 50 mil análises realizadas nas Unidades de Saúde da Família (USFs).
O subsecretário municipal de Gestão da Saúde, Djalma Coelho, explica que a avaliação permite que se saiba o grau de fragilidade do idoso, por meio de uma escala que estratifica a pessoa idosa como robusta, em risco de fragilização ou fragilizada.
“Se o profissional constata que o usuário que está atendendo é um idoso em risco de fragilização, é preciso fazer um plano de cuidados compartilhado com a família. Se ele é fragilizado, podemos orientar sobre o que pode ser feito dentro das condições apresentadas”, ressalta.
A chefe do Núcleo de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa, Eliny Rocha, avalia que a sociedade está dando sinais de que está mais receptiva à importância de gerar e fortalecer uma rede de cuidados aos idosos, porque a população está percebendo o processo de envelhecimento dentro dos contextos familiares.
“O aumento da expectativa de vida trouxe muitos desafios para todos nós, que estamos percebendo que é preciso envelhecer bem e para isso é preciso reforçar os serviços de saúde, da assistência social, os núcleos familiares e fortalecer ainda mais a rede de suporte às pessoas idosas”, assinala.
Escalas
Eliny explica que as escalas da avaliação multidimensional contemplam as atividades funcionais, cognitivas e de comunicação dos idosos. Um idoso robusto consegue executar suas atividades diárias sem problemas, já o idoso em risco de fragilização é aquele que apesenta mais de uma doença (comorbidade), o que impacta na realização de suas atividades básicas.
“Esse idoso já não consegue caminhar, tem dificuldade de tomar remédios, de gerenciar seu dinheiro, não consegue se abaixar e cumprir outras ações que dificultam sua autonomia”.
O idoso fragilizado é totalmente dependente do cuidado de outras pessoas para ter suas necessidades diárias e instrumentais supridas. Requer apoio para se alimentar e beber água, por exemplo.
“Identificar em qual dessas escalas a pessoa se encontra é importante para que a saúde estabeleça as ações necessárias para que as formas de manejo dessas fragilidades sejam adotadas”, complementa Eliny.
Protocolo
Para fortalecer as ações de saúde para a pessoa idosa a Semsa disponibiliza até o dia 21/6 para Consulta Pública o Protocolo de Diretrizes Clínicas na Atenção à Saúde da Pessoa Idosa a ser utilizado na rede de Atenção primária de Manaus, para que os setores e organizações ligados a este segmento possam dar suas contribuições.
As recomendações serão avaliadas para checar sua viabilidade, e uma vez aprovadas, serão consolidadas no documento final, que será publicado para orientar os profissionais de saúde da atenção primária.
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Texto – Tânia Brandão / Semsa
Fotos – Divulgação / Semsa