A Assembleia Legislativa realizou, nesta terça-feira (28), três Cessões de Tempo, para que representantes da sociedade civil falassem sobre as ações da Universidade do Estado do Amazonas (UEA); o Março Roxo, de conscientização sobre a Epilepsia e o Março Amarelo, de conscientização sobre os perigos da Endometriose.
Durante a primeira Cessão, requerida pelo deputado Cabo Maciel (PL), o reitor Prof. Dr. André Zogahib e a vice-reitora, professora Dra. Kátia do Nascimento, conclamaram os deputados estaduais para somar esforços no sentido de desenvolver o Amazonas por meio da Educação Superior.
“Precisamos melhorar nossos índices e isso passa pela Universidade do Estado do Amazonas. Neste período à frente da UEA, estamos finalizando a construção de diversos núcleos no interior e ainda finalizando o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos servidores”, elencou. O reitor aproveitou a oportunidade para anunciar a reabertura da Clínica Odontológica, para atender a população.
Epilepsia
A Cessão de Tempo para a divulgação do Março Roxo, de conscientização sobre a Epilepsia, realizada a pedido do deputado Dr. Gomes (PSC), serviu para a divulgação da criação, na União dos Legislativos e Legisladores Estaduais (Unale), da Frente Parlamentar Interestadual em Defesa dos Direitos das Pessoas com Epilepsia, em razão da passagem do dia 26 de março, Dia Internacional de Conscientização sobre a Epilepsia.
Estiveram presentes os médicos José Bernardes Sobrinho, vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas; Tatiana Costa Amorim Ramos, presidente da Fundação de Vigilância em Saúde Hospitalar da Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas; Nise Alessandra de Carvalho Souza, supervisora do programa residência em Neurologia do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), e a neurologista Giselle Benevides Monteiro Ferreira, membro da Liga Brasileira de Epilepsia.
Nísia Souza agradeceu o convite da Assembleia e destacou a importância de debater sobre o tema, pois segundo dados das organizações de saúde, no mundo existem cerca de 70 milhões de pessoas portadoras de epilepsia, sendo três milhões no Brasil.
“A epilepsia é um distúrbio neurológico no qual existe uma anormalidade da função da atividade do cérebro, então o paciente tem crises epiléticas, chamadas convulsões. Apesar de ser muito frequente, é mal conhecida e por isso existe muito preconceito em relação à doença”, disse.
Endometriose
A pedido do deputado Cristiano D’Angelo (MDB), as enfermeiras Raimunda de Oliveira Barbosa, gerente da maternidade de Manacapuru, e Juliana de Almeida Freire, coordenadora do Grupo de Portadoras de Endometriose do Amazonas, estiveram na Aleam para falar sobre o Março Amarelo, de conscientização sobre a Endometriose.
Raimunda de Oliveira falou sobre os sintomas e causas da doença e conclamou a todos para unirem-se em favor do combate e da sua conscientização.“São dores muito fortes que incapacitam as mulheres de ter uma vida normal no seu período menstrual”, declarou.
Juliana de Almeida agradeceu a oportunidade de falar sobre a Endometriose e deixou claro que os efeitos da doença não estão restritos ao aparelho reprodutor feminino, além de lamentar que ainda seja muito difícil sua identificação.
“Algumas mulheres sofrem por anos e anos e não conseguem descobrir o que têm. É uma doença de alto custo e afeta vários aspectos da vida da mulher, tanto profissional quanto pessoal. Muitas vezes a mulher não consegue trabalhar e acaba sendo despedida porque o empregador não entende que é uma doença que dói e não dói somente no período menstrual, é uma doença que impacta a vida social dessa mulher, muitas vezes causa isolamento porque ela realmente tem medo desse preconceito”, lamentou.