Alunos da Escola Estadual (EE) Getúlio Vargas, em Beruri, e do Centro de Educação de Tempo Integral (Ceti) Prof. Manuel Vicente Ferreira Lima de Coari (respectivamente a 73 e 363 quilômetros de Manaus), foram premiados na 21ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). A feira aconteceu de 20 a 24 de março no campus da Universidade de São Paulo (USP).
Destaques entre as mais de 225 iniciativas finalistas de todo o Brasil, os estudantes alcançaram o 2º e o 3º lugar com os projetos “Semente Materna Poética: Protagonismo de Estudantes Ribeirinhos e Indígenas como Poetas e Artistas em Beruri/Am” e “Visualização de estruturas e osmose em células vegetais com uso de corantes naturais”.
Com o objetivo de produzir um livro, os estudantes da EE Getúlio Vargas em Beruri produziram o projeto “Semente Materna Poética: Protagonismo de Estudantes Ribeirinhos e Indígenas como Poetas e Artistas em Beruri/Am”.
No município, estudantes, professores e comunitários se reuniram para escrever poesias e desenhos, artes expressando valores, meio ambiente e as diversidades culturais. O estudante Andrey dos Santos Ribeiro falou sobre o projeto e sua organização.
“O nosso projeto aconteceu por meio da publicação de livros, do sentido do protagonismo dos estudantes e professores das escolas estaduais e municipais”, explicou o jovem.
Os autores do livro são os alunos Rosane Brito de Melo, Andrey dos Santos Ribeiro e Rayssa de Souza de Almeida sob a orientação dos professores Fábio Gomes da Silva e Edna Brito. Eles concorrem na categoria de “Ciências Humanas” e na subcategoria “Educação”, onde foram premiados com o 2° lugar.
Já os estudantes do Ceti Prof. Manuel Vicente Ferreira Lima, em Coari, apresentaram o projeto “Visualização de estruturas e osmose em células vegetais com uso de corantes naturais”, onde desenvolveram uma forma de fazer a coloração de estruturas celulares utilizando caju, açaí e pequiá.
A equipe é composta pelos alunos Daiziane Souza de Araujo, Anthone Felipe Feitoza de Castro e Carlos Vinicius da Silva Tito, sob a orientação do professor Fabio Cano Carnielo.
“Na primeira tentativa nós usamos cenoura, urucum, beterraba, pau-rosa e preciosa, mas não tivemos resultados positivos. Na terceira tentativa, nós usamos o pequiá, o caju e o açaí que foi possível a visualização do núcleo citoplasma e parede celular”, explicou a aluna Daiziane de Araújo sobre o processo de testes dos corantes.
Os estudantes concorreram na categoria de “Ciências Biológicas”, na subcategoria “Morfologia”, e ganharam o 3° lugar.
Sobre a Febrace
Seguindo temas da sigla STEAM – Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática, desde o ano de 2003 a Febrace reúne estudantes de todo o país nos campos da USP para realizar uma mostra científica e tecnológica, além de competições nacionais e internacionais.
Objetivando engajar estudantes na área de Ciências e Engenharia, engajar professores no desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras e criar oportunidades para jovens estudantes brasileiros entrarem em contato com diferentes culturas e com cientistas reconhecidos, a Febrace já reuniu estudantes de mais de 1,2 mil cidades do Brasil.
FOTOS: Divulgação/ Febrace