A deputada estadual Joana Darc (União Brasil) reagiu contra a decisão do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Amazonas (CRMV-AM), de apenas suspender em 80 dias o Exercício da Atividade Profissional do médico veterinário, André Luiz Sotero Vital, preso em flagrante pela Polícia Civil de São Paulo, no dia 14 de dezembro de 2019, por participar de atos ilegais com rinha de cães.
Defensora dos animais, eleita como primeira parlamentar na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) a lutar pela causa animal e futura médica veterinária, Joana Darc disse que já estuda medidas que aumentem a responsabilização de André. Segundo ela, a suspensão das atividades é uma penalidade branda.
“O que ele cometeu é claro crime de maus-tratos. Vai contra seu juramento de salvar os animais. Esse é um caso, para cassação do registro profissional”, ressalta Joana Darc.
A parlamentar, que na época repercutiu o caso em suas redes sociais, lembra que até carne de animais que morriam durante as brigas, eram vendidas no local. Outras 41 pessoas também foram presas com André.
“É algo que até hoje me dá calafrios. Eles comercializavam, comiam a carne dos animais. André como médico veterinário, em hipótese alguma poderia compactuar com aquela matança. Dar a ele apenas uma suspensão é colocar a vida de outros animais em risco”, alerta Joana Darc.
O que disse o CRMV-AM na época
Ainda em 2019, o CRMV-AM se pronunciou alegando que a atitude do veterinário não seria tolerada e afirmou que estava tomando as providências cabíveis sobre o caso. Porém, após 3 anos, a medida tomada pelo Conselho surpreendeu a deputada estadual, ONGs e protetores independentes de animais.
“Fizeram o contrário. Passaram pano, fecharam os olhos. Mas não vamos tolerar, vamos nos unir para que isso seja revisto”, dispara Joana Darc.
Entenda o caso
A descoberta da rinha, em 2019, ocasionou o resgate de 21 cachorros da raça pitbull. A função do amazonense médico veterinário na rinha era medicar os animais para que dessa forma eles aguentassem mais tempo os duelos. Na maioria das vezes, as lutas resultaram na morte dos animais.
À época, no local, a Polícia Civil encontrou envelopes com anotações onde constava apostas, celulares, troféus, camisetas, planilhas sobre lutas, medicamentos ilegais e outros insumos hospitalares que seriam usados nos animais.