Por Agência Amazonas
Concurso realizado anualmente é aberto aos reeducandos das unidades prisionais e adolescentes que cumprem medidas socioeducativas
FOTO: Divulgação/Seap Na manhã desta sexta-feira (10/02), a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), em conjunto com a Defensoria Pública da União (DPU), realizou a premiação do 6º Concurso de Redação da DPU – para Pessoas Privadas de Liberdade. A cerimônia ocorreu no Centro de Detenção Feminino (CDF), no Km 08 da rodovia BR-174 (Manaus-Itacoatiara).
O concurso de redação, realizado em nível nacional, é aberto aos reeducandos das unidades prisionais e adolescentes que cumprem medidas socioeducativas, tendo como objetivo incentivar os estudos e despertar nos participantes o interesse por temas voltados à educação e cidadania.
A vencedora do concurso foi premiada simbolicamente com um certificado de participação assinado pela DPU e pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), atestando a remissão de 12 horas de pena por meio de atividades de leitura e escrita. A premiação é referente ao edital de 2020, que havia sido paralisado por conta da pandemia de Covid-2019.
Para o secretário adjunto da Seap, major Wallasson Lira, essas oportunidades educacionais são ferramentas valiosas para os reeducandos. “Por meio dessas iniciativas, nós, da Seap, podemos ver como a educação é libertadora, porque esse processo de ressocializar as Pessoas Privadas de Liberdade (PPLs), deve passar pelo momento de reconstrução da vida de cada um deles, e a educação é o início pra tudo isso”, pontuou.
De acordo com o tenente Tales Renan, diretor da Escola de Administração Penitenciária (Esap), concursos como esse têm grande significado, principalmente para as PPLs.
“Iniciativas como esta devem sempre ser ressaltadas, porque além de estimular os reeducandos a estudarem e se capacitarem, eles estão exercendo a cidadania, mostrando que a capacidade de produção textual dos reeducandos é desenvolvida de igual maneira ao desenvolvimento extramuros”, ressaltou.
Para a reeducanda premiada, o ensino dentro das unidades, além de ser um fator determinante no processo de ressocialização, é uma ferramenta de transformação. “Depois que esses projetos de educação foram criados, não só eu como várias reeducandas puderam mudar de vida. Hoje eu vejo o sistema prisional como uma escola, onde recebemos qualificação e ensino, e mais oportunidades ao sair do sistema”, afirmou.