Indígenas Tenharim vão a Júri Popular por um crime horrendo que chocou a região. O caso, que remonta a 2014, envolveu a morte de três pessoas em Humaitá, sendo este um evento que permanece na memória da sociedade local e nacional. As vítimas do crime, que ocorreram em um ato de vingança pela morte de um dos caciques da etnia Tenharim, foram o técnico da Eletrobrás Aldeney Salvador, o professor Stef Pinheiro e o comerciante Luciano Freire.
O Júri Popular que está agendado para os réus Valdinar Tenharim, Gilvan Tenharim, Gilson Tenharim, Domiceno Tenharim, Simeão Tenharim e Aurélio Tenharim foi marcado após a pronúncia dos acusados, que aconteceu na última sexta-feira (20/01). Esta decisão judicial, proferida pelo Juiz Charles José Fernandes da Cruz, foi resultado de um pedido do Promotor de justiça Weslei Machado.
Os indígenas Tenharim estão sendo acusados de triplo homicídio, com a qualificação do crime como cometido por motivo torpe e utilizando recurso que dificultou a defesa das vítimas, conforme especificado no art. 121, §2º, I e IV, c/c arts. 29 e 69 do Código Penal. A gravidade dos atos praticados pelo grupo Tenharim se destaca pelo uso de emboscadas e tiros, totalizando mais de 150 disparos de arma de fogo contra o veículo das vítimas.
A repercussão do crime ultrapassou os limites locais e alcançou as telas da mídia nacional. A reagitação da população foi imediata, levando a uma invasão da sede da FUNAI, de barcos dos indígenas e de outros prédios públicos. Esse incidente refletiu a profunda indignação da comunidade e a complexidade das relações entre os indígenas e a sociedade ao redor.
O Promotor de justiça envolvido no caso apontou que este será, sem dúvida, um dos mais importantes julgamentos de Tribunal do Júri na história do sul do Amazonas. A expectativa é grande não apenas para as famílias das vítimas, mas também para a comunidade Tenharim e para o público em geral que acompanha o caso. O desfecho do Júri PODE trazer à tona diversas questões sobre justiça, direitos indígenas e a relação entre cultura e violência.
Diante da gravidade dos fatos e da longa espera pela justiça, a sociedade aguarda ansiosamente o desenrolar dos acontecimentos no tribunal. É uma oportunidade para que as vozes das vítimas sejam ouvidas, e que os réus tenham a chance de se defender, mas também para que reflexões sobre os crimes e suas consequências sejam amplamente discutidas. O caso dos indígenas Tenharim transcende uma mera acusação criminal; ele desafia a compreensão da história recente das relações sociais e étnicas no Brasil, além de instigar um debate tão necessário sobre a proteção dos direitos humanos.
Com isso, os envolvidos, tanto da parte dos acusados quanto dos familiares das vítimas, se preparam para um momento que PODE ser decisivo na busca por justiça e reparação. É um chamado para que todos participem de uma discussão sobre o papel de cada um na construção de um futuro sem violência e com respeito às diferentes culturas que fazem parte do nosso país.
Assuntos nesse artigo: #indigenas, #tenharim, #humaita, #juri, #popular, #assassinato, #justica, #direitoshumanos, #triplomocidio, #violencia, #cultura, #sociedade, #relacoesetnicas, #votacao, #processo, #repercussao, #judiciario, #ativismoumbu, #promotordejustica, #defesasaudavel
