Tratamento de feridas crônicas. Foto: Divulgação/SES-AMDê o play e ouça esta matéria
Há 1 hora
Por Agência Amazonas
Ação é pioneira no interior do estado e visa capacitar profissionais de saúde da APS em feridas crônicas causadas pela diabetes, hanseníase e úlceras
A chefe do Departamento de Atenção Básica e Ações Estratégicas (Dabe), da SES-AM, Viviana Almeida, explica que o objetivo é capacitar os profissionais para dar uma assistência de qualidade com tratamento especializado para essas feridas, com a indicação dos produtos adequados, para evitar que as infecções possam evoluir para complicações e eventuais amputações.
O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), em parceria com a Prefeitura de Lábrea (a 702 quilômetros de Manaus), encerrou a segunda etapa da capacitação para o tratamento de feridas crônicas. A atividade, realizada nesta quinta e sexta-feira (05 e 06/05), tem como objetivo capacitar profissionais médicos que atendem na rede municipal de saúde de Lábrea para os cuidados com pacientes com feridas causadas pela diabetes, hanseníase e distúrbios vasculares.
A primeira etapa da capacitação foi realizada entre os dias 24 e 25 de fevereiro, voltada aos enfermeiros e técnicos de enfermagem, e a segunda é direcionada para o treinamento com os médicos da rede municipal, tendo o atendimento agendado para aproximadamente 50 pessoas, como a parte prática do curso. A ação é uma iniciativa da SES-AM, sendo pioneira em levar a capacitação para o interior do Estado, no qual o município de Lábrea é o primeiro a receber.
“Algumas vão conseguir cicatrizar, dependendo da adesão do paciente às orientações, porque não é só cuidar da ferida, precisa cuidar da alimentação, usar calçado adequado, etc. Outras não vão cicatrizar, devido o tempo e as doenças de base, como câncer, mas vão ter cuidado paliativo e vão ser tratadas para não infeccionarem, para se manterem limpas, evitando complicações para o paciente, principalmente para os pacientes atingidos pela hanseníase”, destaca Viviana.
De acordo com a Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), em 2021, foram detectados 340 casos novos de hanseníase no Amazonas. Desse total, 29 eram residentes de Lábrea.
Relação histórica – O município de Lábrea foi escolhido para receber a capacitação por ser historicamente uma localidade com uma grande quantidade pessoas acometidas pela hanseníase, que possuía uma prevalência na região dos rios Solimões e Purus. As localidades receberam grande número de migrantes em função da extração da borracha, na primeira metade do século XX, que contribuiu com os números mais elevados de doentes de hanseníase.
A ideia principal do treinamento para essa área é enfatizar a importância de cuidar para evitar a amputação do membro. Será realizado o trabalho para que haja cuidados na atenção primária no controle da glicemia, na alimentação e no conjunto de atividades necessárias para ter eficácia no tratamento.
Pé diabético – Os médicos do município terão uma atenção especial em relação aos cuidados com o pé diabético durante a capacitação. A condição é uma série de alterações que podem ocorrer nos pés de pessoas com diabetes não controlada, provocando o surgimento de feridas que não cicatrizam e infecções nos pés.