Ajudar no processo de investigação, elucidação de casos e a busca pela verdade. O perito criminal trabalha sempre em prol da Justiça. Neste sábado (04/12), comemora-se o dia desses profissionais. No Amazonas, o órgão responsável pelos peritos criminais é o Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).
A data foi escolhida em homenagem ao patrono da perícia criminal no Brasil, Otacílio de Souza Filho, que nasceu neste mesmo dia. Ele morreu tragicamente em 1976, após cair de um penhasco em Minas Gerais enquanto participava de uma investigação sobre duas mortes no local.
A perícia criminal é uma ferramenta essencial para ajudar em um processo de investigação. O perito João Francisco Anjos Junior atua nesta área, no Amazonas, há mais de 10 anos. Ele explica que a perícia é uma forma de usar a ciência contra o crime.
“Ser perito é lidar com dificuldades de situações, às vezes, perigosas na profissão, em locais de bastantes riscos, como local de crime. Mas, mesmo assim, dá uma satisfação de poder contribuir um pouco para a Justiça, através dos laudos, conclusões, que podem ser avaliados pelos autores da Justiça, Ministério Público, tribunais e próprio delegado de polícia”, disse.
O perito criminal tem grande importância para que casos sejam elucidados de maneira justa. O profissional atua na observação de vestígios, em locais de crimes, em busca da prova objetiva.
“Os vestígios materiais, constatados dentro do laudo, chamamos de prova objetiva. Diferente da prova subjetiva, que é a prova testemunhal, que muitas vezes podem errar dar um falso testemunho”, explicou. Há peritos criminais que também trabalham internamente em laboratórios, como por exemplo, os de genética forense e os de toxicologia.
Preparação
O perito criminal João Francisco Anjos Junior foi aprovado no concurso público de 2009. Natural de Rondônia e com um vasto currículo, o profissional também possui especialização em Criminalística Aplicada a Locais de Crime, pela Polícia Federal. Ele deixou o emprego para servir à sociedade amazonense, mas antes de atuar, passou pela preparação.
Ao ser aprovado, João passou pelas etapas necessárias, como a Academia de Polícia, com disciplinas específicas para formação de policial e, enfim, a formação de perito criminal com matérias da área.
Na Academia foi possível ter uma base geral do que é a profissão, mas somente na prática, o perito se desenvolveu.
“O perito criminal tem que estudar sempre, há sempre coisas novas. A própria legislação vai alterando com o tempo. Novas técnicas, novos conhecimentos científicos vão sendo desenvolvidos no campo das ciências forenses”, finalizou.
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Por Agência Amazonas
FOTOS: Tarcísio Heden/SSP-AM