Na tarde desta sexta-feira (03/12), a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) realizou colação de grau de um interno do Centro Socioeducativo (CSE) Dagmar Feitoza que concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Josephina de Melo, cujo anexo funciona nas dependências da unidade.
A cerimônia ocorreu no auditório do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), no bairro Dom Pedro e contou com a presença de representantes da Secretaria de Educação e Desporto (Seduc), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), do Centro Universitário Fametro, além dos titulares da Sejusc.
De acordo com a secretária da Sejusc, Mirtes Salles, o Governo do Amazonas dispõe de todos os mecanismos estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para dar novas perspectivas aos adolescentes que cumprem a medida socioeducativa.
“Nossa missão é oferecer a esses jovens que passam pelo sistema todos os recursos possíveis para criar novas perspectivas. Temos a oportunidade de fazer os jovens repensarem, saírem modificados. Nós estamos aqui para ajudar a construir um futuro melhor a todos os internos”, destacou Mirtes.
Segundo Jean Mendonça, chefe de Departamento de Atendimento Socioeducativo (Dase), a solenidade é um sinal de esperança não só para os servidores do sistema, mas para a sociedade amazonense.
“É uma sensação extraordinária. Fazer cumprir esse eixo educacional previsto no ECA, na legislação do Sinase [Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo], nas unidades socioeducativas é gratificante. Muitos deles entram analfabetos no sistema, e devolvemos eles alfabetizados, qualificados e educados.
Perspectivas
O formando de 17 anos, contou que o período em que esteve no Dagmar Feitoza foi de aprendizado e reflexão.
“Quando eu cheguei no sistema, não cheguei com o pensamento que poderia estar aqui hoje me formando. Cheguei revoltado, mas todos foram me ajudando, me dando conselhos. Lá [Dagmar] aprendi muitas coisas, evoluí como homem, como ser humano”, afirmou.
O adolescente confidenciou que seu sonho é cursar a faculdade de medicina veterinária, e espera realizar o objetivo em breve. “Tenho sonho de ser médico veterinário. Desde a infância tenho esse sonho. Nunca gostei que as pessoas maltratassem os animais, cachorros, gatos, por isso tenho esse sonho”, completou.
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Por Agência Amazonas
FOTO: Denise Pêgo/Sejusc